Sintra V (A Quinta da Regaleira)
Afinal ainda consigo postar alguma coisa. Utlizando outro computador e tendo deixado alguns rascunhos no servidor, aqui está mais uma pequena contribuição para a divulgação de Sintra.
Hoje resolvi escrever algo sobre a Regaleira, não para fazer concorrência ao blogue do meu amigo Carlos Moura (http://clubedearqueologia.blogspot.com/), mas porque já deu para ver que a Sintra antiga me encanta.
A Quinta da Regaleira visitei-a pela primeira vez Agosto passado e fiquei encantado. Aqui ficam então alguns apontamentos sobre esse pedaço de paraíso. Uma chamada de atenção: as fotografias não são minhas, pois essas estão no meu computador.
Começemos então:
No princípio do século XX, Sintra era um conhecido lugar de veraneio ou de residência de aristocratas e de milionários.
De entre estes, Carvalho Monteiro detentor de uma considerável fortuna que lhe valeu a alcunha de "Monteiro dos Milhões", fez construir, perto da Vila, na quinta que comprara à baronesa da Regaleira, um luxuoso palacete cuja arquitectura neo-manuelina representa um marco na história do revivalismo português.
De entre estes, Carvalho Monteiro detentor de uma considerável fortuna que lhe valeu a alcunha de "Monteiro dos Milhões", fez construir, perto da Vila, na quinta que comprara à baronesa da Regaleira, um luxuoso palacete cuja arquitectura neo-manuelina representa um marco na história do revivalismo português.
Descobri, no outro dia, no blogue do Clube de Arqueologia atrás citado, que a sigla CM existente por todo o edifício, significa Carvalho Monteiro e não como alguém desconfiava, Carlos Moura, embora esta seja quase a sua casa tantas vezes lá vai com o Clube. Ou será por culpa dos Travesseiros?
Voltando à Quinta, esta fica situada em pleno Centro Histórico de Sintra, classificado Património Mundial pela UNESCO e é um lugar com espírito próprio. Edificado nos primórdios de Século XX, ao sabor do ideário romântico, este fascinante conjunto de construções, nascendo abruptamente no meio da floresta luxuriante, é o resultado da concretização dos sonhos mítico-mágicos do seu proprietário, António Augusto Carvalho Monteiro (1848-1920), aliados ao talento do arquitecto-cenógrafo italiano Luigi Manini (1848-1936).
A imaginação destas duas personalidades invulgares concebeu, por um lado, o somatório revivalista das mais variadas correntes artísticas - com particular destaque para o gótico, o manuelino e renascença - e, por outro, a glorificação da história nacional influenciada pelas tradições míticas e esotéricas.
A Quinta da Regaleira é um lugar para se sentir. Não basta contar-lhe a memória, a paisagem, os mistérios.
Torna-se necessário conhecê-la, contemplar a cenografia dos jardins e das edificações, admirar o Palácio dos Milhões, verdadeira mansão filosofal de inspiração alquímica, percorrer o parque exótico, sentir a espiritualidade cristã na Capela da Santíssima Trindade, que nos permite descer à cripta onde se recorda com emoção o simbolismo e a presença do além. Há ainda um fabuloso conjunto de torreões que oferecem paisagens deslumbrantes, recantos estranhos feitos de lenda e saudade, vivendas apalaçadas de gosto requintado, terraços dispostos para apreciação do mundo celeste.
Voltando à Quinta, esta fica situada em pleno Centro Histórico de Sintra, classificado Património Mundial pela UNESCO e é um lugar com espírito próprio. Edificado nos primórdios de Século XX, ao sabor do ideário romântico, este fascinante conjunto de construções, nascendo abruptamente no meio da floresta luxuriante, é o resultado da concretização dos sonhos mítico-mágicos do seu proprietário, António Augusto Carvalho Monteiro (1848-1920), aliados ao talento do arquitecto-cenógrafo italiano Luigi Manini (1848-1936).
A imaginação destas duas personalidades invulgares concebeu, por um lado, o somatório revivalista das mais variadas correntes artísticas - com particular destaque para o gótico, o manuelino e renascença - e, por outro, a glorificação da história nacional influenciada pelas tradições míticas e esotéricas.
A Quinta da Regaleira é um lugar para se sentir. Não basta contar-lhe a memória, a paisagem, os mistérios.
Torna-se necessário conhecê-la, contemplar a cenografia dos jardins e das edificações, admirar o Palácio dos Milhões, verdadeira mansão filosofal de inspiração alquímica, percorrer o parque exótico, sentir a espiritualidade cristã na Capela da Santíssima Trindade, que nos permite descer à cripta onde se recorda com emoção o simbolismo e a presença do além. Há ainda um fabuloso conjunto de torreões que oferecem paisagens deslumbrantes, recantos estranhos feitos de lenda e saudade, vivendas apalaçadas de gosto requintado, terraços dispostos para apreciação do mundo celeste.
9 comentários:
Eu que estou tão perto de Sintra há já algum tempo que não a visito, mas aquela humidade é tão agressiva para mim...
No entanto este post fez-me lembrar algo que gosto mto em Coimbra que é o Jardim da Sereia, que de alguma forma me faz lembrar Sintra, local que tb não visito há bastante tempo.
Um abraço
TD
Gostei muito deste post, pelas fotografias que estão o máximo e pelas informações e sentido de humor no texto (ainda conheço pouco Sintra e já há algum tempo que ando a pensar em ir passear por lá em uma próxima viagem ao sul)
Um beijinho e um bom fim de semana
A misteriosa Qta da Regaleira..;)
Bom f semana e beijoca*
Com uma descricao assim, mesmo os menos avisados ficam com um desejo imenso de conhecer essa quinta.
Um bom fim de semana.
Tenho mesmo de comprar esta quinta...
Seria um regalo viver perto dos travesseiros!
E por falar nisso...a Câmara Municipal de Sintra bem que nos podia, e devia, mandar uma boas dúzias de travesseiros à conta da divulgação que temos feito daquele paraíso.
Abraço.
Ps- a C.M.S. com o apoio da Piriquita!
As imagens, aqui ao lado, de Coimbra estão óptimas. Fazem-nos voltar lá.
Ah eu espero ir la dar um passeio em breve, é lindo.
pois é..Ao prof.Moura já só lhe falta mesmo possuir a Quinta,o bom gosto e até as suas iniciais já lá estão à sua espera! =)
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