sábado, 27 de dezembro de 2008

Sabores de Natal...

Bolo de Chocolate
Aletria
Arroz Doce
Broinhas doces
Rabandas (Fatias Douradas ou Paridas) e Belhós
Azevias ou Pastéis de Grão de Bico

Bolo rei de Chocolate

Bolo Rainha

Os Sabores, por motivos vários, têm andado um pouco afastados deste blogue. Para compensar esta ausência, aqui vos deixo algumas fotografias das goluseimas que me fizeram (e fazem) engordar pelo Natal.
Para quem quiser experimentar aqui fica a receita do meu doce preferido desta época: as azevias ou pastéis de grão de bico, um doce tradicional alentejano, que já era feito na Idade Média e que, há uns anos atrás, fez um grande sucesso num Pequeno Almoço Medieval que preparei com a minha Direcção de Turma no âmbito de uma Área de Projecto.

Azevias ou Pastéis de Grão de Bico
Ingredientes para a massa:
· 500 gr. de farinha
· 1 pitada de sal
· 3 ovos

· 20 gr. de manteiga
· raspa e sumode 1 laranja

· 2 dl. de água
Deita-se a farinha num alguidar com umas pedrinhas de sal, o açúcar, os ovos e a manteiga. Esfrega-se tudo com a palma da mão, até a gordura estar absorvida. Deita-se o sumo e a casca ralada da laranja. Amassa-se muito bem, adicionando a água aos golinhos. Descansa meia hora. Estende-se com o rolo, enfarinhando a pedra da mesa. Ligeiramente. Cortam-se pastéis, dando-lhes a forma oblonga; recheia-se cada um, com uma colherzinha de grão.

Ingredientes para o recheio:
· 500 gr. de açúcar
· 250 gr. de água
· 500 gr. de grão de bico
· 1 colher (de chá) de canela
· 1 limão
Demolha-se o grão de um dia para o outro. Pela-se, coze-se e faz-se em polme. Põe-se o açúcar ao lume com a água e a casca do limão ralada.; ferve a ter ponto de pérola, junta-se o polme de grão e a canela, mexendo sempre até fazer estrada no fundo do tacho. Arrefece, recheiam-se as azevias e fritam-se em azeite a ferver. Escorrem-se em cima de papel pardo e polvilham-se com açúcar e canela.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Presépio 2008

Feliz Natal.

A pedido de várias famílias aqui deixo umas fotografias do Presépio que construi no exterior. Este ano, devido à mudança de casa, foi feito junto à porta de entrada. Espero que gostem.

Aproveito pra vos deixar um texto de autoria da minha filha:
"Em vez de festa, amor e alegria, todos os dias ouço pessoas mais interessadas a chamar 'hipócritas', a torto e a direito, a cada pessoa que vêem à frente.
Para mim, essas pessoas ainda são mais hipócritas. Alegram-se por não serem cristãos e sentem-se bem em criticar quem o é, e quem vive esta época. Alegram-se a tentar desacreditar a nossa fé, tentando arranjar todas as teorias e mais algumas para deitar abaixo o Natal. Mas essas pessoas, são as verdadeiras hipócritas que, na noite de Natal, não se importam de desembrulhar o cd ou o livro que tanto queriam, receber o dinheiro que tanto ambicionavam e comer os doces, todos tão típicos desta época.
Para mim, cristã de consciencia tranquila, o Natal é uma época de amor, alegria, amizade, e respeito. Sem Pais Natais nem histórias de trenós, mas sim com o Presépio e o nascimento de Jesus!
Como sabemos, o Natal é uma data simbólica (e digo-o aqui, porque há quem não se canse em lembrar-me que Jesus não nasceu em Dezembro, como forma de desacreditar o Natal), mas não perde qualquer valor por isso! O que verdadeiramente interssa é saber que Jesus nasceu, nasceu para nos salvar e para nos ensinar a amar mais!
Por isso, Feliz Natal a todos, cheio de amor! E não se esqueçam do verdadeiro significado desta época: Amar.
Para aqueles que se consideram descrentes, pensem em gastar mais tempo a amar e ajudar os outros, e menos a tentar destruir a fé que traz tanta felicidade. Se não conseguem ter essa felicidade por não terem fé, ao menos não estraguem a dos outros! É tempo de começar uma nova etapa: escolham alguém para ajudar, um objectivo para cumprir e vão em frente! Tornem a vossa vida diferente e, com isso, com certeza que conseguirão mudar alguma coisa, para melhor

Amem o próximo e sejam felizes!

FELIZ NATAL!"

domingo, 21 de dezembro de 2008

Natal

É Natal! Glória a a Deus nas alturas e paz na Terra aos homens de boa vontade.

Partilho convosco o meu novo Presépio, feito por uma artesã minha conhecida, de nome Isabel Lacerda, mãe de duas alunas da casa.
Enquanto não monto outro na rua (como sou professor sou um privilegiado, com muitas férias, mas que, mal aproveitadas com toda a certeza, ainda não me possibilitaram a montagem desse Presépio), aqui fica este, de que muito gosto.
Para todos os que aqui passarem, um Santo e Feliz Natal e que o Menino vos traga tudo aquilo que mais desejarem.

sábado, 13 de dezembro de 2008

La Diva de L'Empire - Satie

Partilho, hoje, convosco a actuação da artista cá de casa, na audição do Conservatório.
Pai babado é assim mesmo.

sábado, 6 de dezembro de 2008

A raposa

Uma das expressões mais curiosas utilizadas em Coimbra é a de "apanhar uma raposa", isto é, chumbar o ano ou, de acordo com as modernices de eduquês, ficar retido ou não transitar.
Acho piada a esta mania portuguesa de pensar que os problemas se resolvem pelo simples facto de mudar o nome às coisas.
Quando eu estudava fazia redacções, agora os alunos fazem composições ou produção de texto; fazia ditados, agora fazem-se exercícios ortográficos; marrava com fartura, agora marranço nem pensar pois podem ficar traumatizados e, além disso, a culpa deles não estudarem é, só pode ser(!), dos professores....
Eu, que até me tenho dedicado a reflectir sobres estes assuntos, tenho para mim, que a mudança das palavras não trouxe qualquer melhoria. Se assim fosse, estava o país salvo. Crise, qual crise?
Bem, vamos estão à raposa.
Na Faculdade de Direito da antiga Universidade Coimbra, no acesso aos Gerais, há um belo conjunto de ajulejos, sendo que, num deles, está representada uma raposa (imagem 2). Ora, junto a esse ajulejo costumavam os estudantes esperar a chamada para a prestação de provas orais aos cadeirões que compunham o Curso de Direiro.
Como muitos chumbavam, (Oh gaita! Ficavam retidos ou não transitavam! Assim é que é.) ficou a tradição de se dizer que tinham apanhado uma raposa.


NOTA: O fado que estão a ouvir é a Balada de Despedida do 5.º ano de Direito. Muito bonito.
A pedido da Clarice do blogue Compre Produtos de Santa Catarina, aqui fica a letra da Balada de despedida do 5.º ano jurídico (1988/89).

Sentes que o tempo acabou
Primavera que é flor adormecida
Qualquer coisa que não volta que voou
Que foi um rio, um ar na tua vida

E levas em ti guardado
O choro de uma balada
Recordações de um passado
O bater da velha cabra


Capa negra de saudade
No momento da partida } BIS
Segredos desta cidade
Levo comigo p'rá vida


Sabes que o desenho do adeus
É fogo que nos queima devagar
E no lento cerrar dos olhos teus
Fica esperança dum dia aqui voltar

E levas em ti guardado
O choro de uma balada
Recordações de um passado
O bater da velha cabra


Capa negra de saudade
No momento da partida } BIS
Segredos desta cidade
Levo comigo p'rá vida