segunda-feira, 27 de julho de 2009

Madrid



Não sei se já vos disse, mas tenho uma costela espanhola. O meu avô paterno era espanhol, ou melhor, galego.
Talvez resida aqui a explicação para o facto de gostar tanto de ir a Espanha e de tapear, um dos meus desportos favoritos quando visito a terra dos nuestros hermanos.
Este fim de semana estive em Madrid. A "Paris dos bimbos" como lhe chamou o Herman José.
Pois como nunca tive a pretensão de ser "fino", gosto de Madrid mas não me sinto bimbo.
Gosto da movida, das tapas, dos monumentos, enfim, do ambiente.
O programa meteu Palácio Real (que já conhecia) Museu do Prado e Museu Rainha Safia, para além das inevitáveis Gran Via, Plaza Mayor e Puertas del Sol (entre outras).
Além disso, Madrid está apenas a 5 horas de carro.
Boa viagem.

sábado, 11 de julho de 2009

Santa-Clara-a-.Velha

A convite de um amigo, fui visitar o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha.
Na última vez que lá tinha estado, decorriam as escavações arqueológicas que desenterraram o Mosteiro, dos 5 séculos de sedimentos que o Mondego ali foi depositando nas cheias de cada Inverno.
Ao contrário do antigo Egipto onde as cheias representavam a vida, em Coimbra as cheias sigificavam desgraça e provocaram a morte do Mosteiro. A subida das águas tornou a vida das monjas impossível, obrigando à edificação de um novo edifício num plano mais elevado.
A recuperação do espaço foi longa, mas valeu a pena. O espaço museológico, onde está exposto parte do espólio aí encontrado, está bem conseguido, os filmes apresentados são interessantes, embora a qualidade de imagem pudesse ser melhor, o Mosteiro desenterrado e em excelente estado.
Após a visita, fomos almoçar no Basófias. O almoço, apesar de bem confeccionado, não deixou grande memória, pois tratava-se de um banal lombo de porco no forno acompanhado de batatas.
As fotografias de Coimbra tiradas a partir daí falam por si. Coimbra é, na realidade, uma cidade muito fotogénica.
Terminámos o dia com uma vivita ao Museu da Água, situado no parque da cidade. Um espaço pequeno mas interessante.
Fico à espera do próximo convite.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Escadas do Liceu / Monumentais

As escadas do Liceu


O antigo Liceu José Falcão


Os 40 anos da Crise Académica de 1969, nas actuais Monumentais

Voltamos, hoje, a um dos temas de que mais gosto: Coimbra antiga.
Há muitos anos o acesso à Alta fazia-se pelas Escadas do Liceu José Falcão (não o actual).
Por aí subiam os estudantes desse Liceu, bem como os estudantes universitários.
De acordo com a tradição, o último lance de escadas devia ser sempre subido e descido pelo mesmo lado pois, caso não o fizessem apanhariam uma "raposa", ist0 é, chumbariam o ano. Ou melhor dizendo, ficariam retidos, utilizando um desses jargões tão queridos ao eduquês ou ao pedagogês (venha o diabo e escolha!).
Em 1947, as escadas são demolidas, à semelhança do que aconteceu com grande parte da Alta, dando origem às actuais escadas Monumentais com 125 degraus, num dos mais disparatados episódios que marcaram a destruição da Alta Coimbrã.
Actualmente está aí patente uma "exposição" (chamemos-lhe assim) evocativa dos 40 anos da Crise Académica de 1969, que se estende ainda a outros pontos da cidade (Largo da Portagem, Estação Nova...).
A ideia está bem conseguida, pena que em alguns sítos já tenha sido vandalizada...