quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Avenida Fernão de Maghalhães

Av. Fernão de Magalhães (Auto-Industrial)

Capela do Senhor do Arnado (demolida para alargar a avenida)

Av Fernão de Magalhães (junto à estação de Coimbra B)
Av. Fernão de Magalhães (Casa do Sal)
Av, Fernão de Magalhães (Escola de S. Bartolomeu)
Av. Fernão de Magalhães (Largo das Ameias antes da demolição dos prédios que se situam à esquerda)
Como forma de descontracção, volto hoje às fotografias antigas de Coimbra. Escolhi, para isso, a Avenida Fernão de Magalhães.
O nome desta avenida foi-lhe atribuído em 1921, como forma de homenagear o navegador português que, ao serviço dos reis de Castela, circum-navegou o mundo.
É uma extensa avenida que se estende, actualmente, desde o Largo das Ameias até à Estação de Caminhos-de-ferro de Coimbra B (Estação Velha).
Durante muitos anos, funcionou como Estrada Nacional n.º1, tendo obrigado, para a sua abertura, à demolição de inúmeras construções ao longo dos terrenos que viria a ocupar, entre os quais a Capela do Senhor do Arnado, em 1936.
Em 1943, inicia-se o seu alargameto até à Casa do Sal, local que deve o seu nome à existência de armazéns onde era armazenado o sal que vinha da Figueira da Foz.
Em 1954, a Avenida chega finalmente à zona da Estação Velha ficando com a extensão actual.

domingo, 22 de novembro de 2009

Uma questão de janelas...

Contaram-se a seguinte história como verdadeira.

Numa cidade portuguesa, alguém queria abrir uma janela numa determinda fachada situada numa zona histórica.
Quando pensou pedir autorização camarária para o efeito, pois não queria ter qualquer problema legal com a obra, alguém o aconselhou a não o fazer nesse momento, pois seria liminarmente chumbada tal pretensão.
"Primeiro faça a obra" - disse-lhe esse alguém, acrescentando - "Disso, trata-se depois."
Assim fez. Abriu a janela num fim de semana e, na segunda-feira, parecia que ela sempre ali havia estado.
"Agora sim, podemos pedir autorização para... tapar a janela!" disse-lhe o amigo perante a sua incredulidade.
E assim fizeram: pediram autorização camarária para fechar a janela.
Passados uns meses, que estas coisas oficiais levam sempre o seu tempo, chegou a resposta camarária: O pedido para fechar/entaipar a janela fora liminarmente recusado, devido.... e seguia-se uma extensa enumeração de motivos e de artigos legais.
E assim se tornou legal uma janela ilegalmente aberta.
Será verdade? Vivendo em Portugal e conhecendo a sua realidade, sou levado a crer que sim.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Desabafo

Ando chateado.
E isto porque tenho vindo a descobrir, ao longo dos tempos, a inutilidade dos burocratas, algo de que já desconfiava algum tempo.. Daquelas pessoas que, nunca tendo saído de um gabinete, tem sempre uma opinião a dar sobre tudo.
Eis alguns exemplos:
Estou farto de aturar "pedagogos" que me dizem como hei-de lidar com uma turma sem nunca terem tido uma à frente.
De alguns técnicos de saúde mental que me dão estratégias mirambolantes, esquecendo-se que, além daquele aluno, mais 27 na sala e não apenas um como na consulta.
Dos técnicos que sem sairem à rua, descobrem "ilegalidades" que, na realidade,estão à vista de toda a gente, mais de trinta anos, não vendo, no entanto, casas ao lado que estão em perigo de derrocada sem que alguém faça alguma coisa ou outras "ilegalidades" equivalentes por todo o lado. Deve ser a isto que se chama vista selectiva.
Já o Evangelho se refere a este tipo de pessoas, quando fala daqueles que vêm o cisco no olho da pesssoa com quem estão a falar, mas não vêem a trave que têm no seu.
P.S.: Um dia destes vou ser mais explícito e aproveito para, com a embalagem, vos explicar porque faço questão de escrever "" em negrito.
Um abraço e passem bem. Bom fim-de-semana.

sábado, 14 de novembro de 2009

O Burgo (Lousã)

As piscinas (agora vazias), o castelo e o restaurante (vê-se um pouco à esquerda)
O Castelo da princesa Peralta
Coelho à bruxa
Javali com castanhas
Veado com tortulhos
Taliscas
Bacalhau à lagareiro

Cozido à Burgo

Numa altura em que alguém parece querer acabar com alguns dos restaurantes mas antigos e castiços de Coimbra (a este assunto voltarei brevemente), fui dar um passeio pela Lousã, a fim de almoçar no restaurante do Burgo, na sequência nas comemorações do dia de S. Martinho e da semana do Grupo Disciplinar de História do Caic.

À mesa, estivemos 17 comensais dispostos a preservar um importante património nacional: a nossa Gastronomia, coisa que, alguém por Coimbra, anda com vontade de destruir. Quando houver só comida de plástico, estaremos todos, com toda a certeza, melhores.....Voltando ao Burgo, apresentemos a comida:
Coelho à moda da Bruxa;

Chanfana;
Bacalhau à lagareiro;
Veado com tortulhos;
Javali com castanhas;
Cozido à Burgo (imaginem um cozido à portuguesa servido dentro de um pão grande ao qual retiraram o miolo;
Migas;
Serriscas;
Tigelada;
Farófias;`
Pudim de ovos;
Requeijão com doce de abóbora;
Gelado de morango.
Como alguém tinha de fazer o sacrifício, lá tive de provar tudo e, em alguns casos, repetir.
O que estava melhor?
É difícil dizer pois estava tudo óptimo.
Sugestão: Pedir o "Pijama" o que, no caso, quer dizer poder provar tudo.
Um conselho: Aproveitem, pois com a vontade que alguns têm de nos tornar num país "moderno", daqui a algum tempo tudo isto desaparecerá.
Vale que alguns concelhos ainda gostam de preservar as suas tradições fugindo à ditadura de quem nos quer obrigar a comer igual em todo o país, com a pretensa justificação de modernizar os restaurantes.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Laicidade e bom senso.

Em primeiro lugar, quero pedir desculpa a todos aqueles que se possam ofender com a imagem que escolhi para colocar neste post.
Como sabem, vivemos num país em que nos ofendemos com muita facilidade e, por isso, nada como começar por pedir desculpa às pessoas mais sensíveis que por aqui passam.
Já agora uma explicação: coloquei aqui um crucifixo antes que, por ordem de meia dúzia de fundamentalistas iluminados da nossa praça, me seja proibido exibi-lo, uma vez que a internet se trata de um espaço público.
Adivinho já que, daqui a meia dúzia de anos, sejamos todos muito mais tolerantes e menos traumatizados por, nas escolas, termos sido expostos a tão cruel imagem.
Haja paciência que, pelos vistos, quando Deus distribuiu o bem senso, deveria haver algumas pessoas muito distraídas. E ainda por cima, agora, estão convencidas da sua superioridade moral em relação às outras que tratam como se fossem incapazes de discernir o que quer que seja.
PS: Já agora defenderão essas pessoas a obrigatoriedade de usar determinado tipo de roupa quando vamos a certos países para respeitarmos os valores locais. Ou julgarão a dsituação da forma que neles é mais habitual, isto é, dois pesos e duas medidas?
Passem bem.