sábado, 31 de janeiro de 2009

Avenida Emídio Navarro

Cheias na Avenida Emídio Navarro
Cerimónia militar junto à Estação Nova (Coimbra A)
A mesma zona, ainda sem o edifício da Estação

Hotel Avenida na Avenida Emídio Navarro

Fotografia da mesma zona ainda sem Hotel Astória
Avenida Emídio Navarro junto ao rio Mondego
Avenida Emídio Navarro e Hotel Astória
Em 1888, a rua que ligava o porto dos Bentos, local onde atracavam as barcas serranas junto ao actual Parque da cidade, à Estação de caminhos-de-ferro (actual Coimbra-A) passou a chamar-se Avenida Emídio Navarro.
Coimbra homenageava assim o homem que foi ministro das Obras Públicas durante três anos, tendo sido responsável por várias reformas nessa área, como o primeiro Recenseamento Agrícola e Pecuário do país.
Na área do ensino, a sua intervenção deu lugar à criação de cinco Escolas Agrícolas, incluindo a de Viseu, cinco Escolas Industriais e nove Escolas Elementares de Desenho Industrial.
Tudo isto ainda no tempo da Monarquia (nasceu em 1844 e morreu em 1905), o que me leva a pensar o porquê do ódio que alguns têm a este regime (eu sou republicano assumido), afirmando que, naquele tempo nada havia de bom. Basta ver a vergonha que há no dia 5 de Outubro, em afirmar que também se comemora, nesse dia, a assinatura do Tratado de Zamora que marcou a nossa independência como país. Com o aproximar do centenário a coisa só vai tender a piorar.
A este propósito, lembrei-me de um episódio passado numa aula minha.
Pedi voluntários para dois grupos a fim de realizarmos um frente a frente Monarquia versus República, atribundo a cada um a defesa de um ideal: um grupo seria composto por adeptos da monarquia e outro adeptos da república, discussão moderada por outra aluna.
Uma espécie de Prós e Contras (alguns anos antes do programa), mas para melhor, porque havia mesmo debate.
Dadas as indicações, dei-lhes uma semana para a pesquisa. Entretanto, os outros tinham de se preparar para colocar as perguntas.
Começada a aula, lá teve início o debate com a moderadora em bom plano, esgrimindo os alunos os seus argumentos, alguns bem interessantes, ao mesmo tempo que iam respondendo, conforme podiam, às perguntas da assistência.
Pouco a pouco foram-se emplgando e a coisa começou quase a ganhar foros de questão pessoal, entre alguns. Eis senão quando, um aluno do campo monárquico põe fim à discussão com a seguinte afirmação:
"Para mim a monarquia é melhor, pois no tempo dos reis não havia SIDA!"
Foi tiro e queda. Estava encontrada a cura para a Sida: basta mudar o regime. O virus, pelos vistos, gosta é da República, pois pode andar por aí à vontade. Será que na Inglaterra ou em Espanha não há SIDA?
Esclarecida a questão lá demos por encerrado o debate que meteu ainda buracos nas estradas e outras pérolas do género.
Voltando ao tema do post, e como conclusão, resta dizer que ao longo desta Avenida se instalaram alguns locais emblemáticos da nossa cidade como o Coimbra Hotel, o Hotel Internacional, o cinema Tivoli, etc. Resta hoje o Hotel Astória e pouco mais.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Rua da Sota.

Vivi, durante 22 anos, no Beco do Forno, juntinho à Rua da Sota. Sou portanto nado (nasci em casa, no quarto onde dormi até me casar) e criado na Baixa.
Um das coisas que recordo de miúdo é as cheias do Mondego. Não só porque em casa dos meus pais havia uma espécie de cave onde era possíevl ver a subidas das águas (ficava inundada) mas porque um dos meus amigos de infância vivia na zona poente da rua (mais baixa), entrando-lhe as águas pela casa dentro como é visível nas fotografia.
Para isso contribuía o facto de esta rua estar a um nível mais baixo que a Portagem e que a avenida onde fica, por exemplo, o Hotel Astória.
Esta situação deve-se ao facto de, ao longo dos tempos, se ter alteado o Largo da Portagem be, como as margens do rio, devido ao crecente assoreamento do Mondego, bem como aos edifícios construídos num nível superior, virados para o rio, como o referido Hotel Astória, o Hotel Avenida (actual Banco Milenium) e o cinema Tivoli (edifício onde funcionou a Zara), entre outros.
Um dia destes, quando a Baixa fechar para balanço, tudo isto será uma memória longínqua para todos aqueles por ali passaram, viveram e trabalharam, ou nem isso para aqueles que apenas conhecem os centros comerciais e a sua atmosfera artificial.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Niagara Falls

Um dos lugares mais espectaculares que já visitei, foram as Cataratas de Niagara, no Ontário, Canadá.
Estive 12 dias nesse país da América do Norte, em Kitchener, a cerca de 120 Km de Toronto, ou como diziam os amigos que me receberam, nos arredores de Toronto.
Cerca de 5000 Km depois, fiquei a conhecer apenas uma pequena parte desse imenso país que me impressionou, ao ponto de me levar a afirmar que se tivesse de sair de Portugal (às vezes dá-me cá uma gana!) era para aí que iria. As paisagens, a simpatia e o civismo das pessoas, a limpeza de todos os locais vistados, tudo me deixou impressionado.
Certo dia, depois de um piquenique (que parece ser um desporto nacional), fomos até Niagara Falls.
Primeira surpresa: as cataratas ficam no meio de duas cidades, uma canadiana cheia de vida, e uma norte-americana que mais parecia uma cidade fantasma.
Segunda surpresa: o tamanho das cataratas e a forças das águas que, em tempos idos, alguns acreditavam ser possível descer dentro de um barril.
Terceira surpresa: fomos até aos EUA, a pé, pela ponte que se vê na imagem. Estivemos retidos mais de 1 hora na fronteira para entrarmos nos States. Só o conseguimos depois de pagar 6 dólares cada um e de responder a um inquérito onde nos era perguntado se já havíamos sido acusados de terrorismo, de pedofilia e outras pérolas do género (isto cerca de 3 semanas antes dos atentados). Se os terroristas também foram questionados sobre o mesmo, já estou a imaginar as respostas dadas. Do lado de lá, nada. Parecia uma cidade fantasma. Nem meia hora lá estivemos, mas já posso afirmar que estive nos EUA.
Estas memórias ocorreram-me depois de ter recebido umas fotos onde se vê a água das cataratas congelada. Não pensei ser possível, mas as fotografias aí estão para o provar.
Se um dia tiverem oportunidade não hesitem: vão ao Canadá. Verão que não se arrependem.

domingo, 11 de janeiro de 2009

As francesinhas e não só...

Este Natal recebi de prenda um conjunto de telefones sem fio... Ou melhor dizendo, quase que recebi, pois quando abri a caixa que os devia conter, verifiquei, com grande espanto, que a mesma estava vazia. Dos telefones, nem rasto. Contactada a casa que os tinha vendido, foi-me dito que a caixa em questão era a dos telefones que estavm em exposição, que a funcionária d caixa por lapso não tinha reparado aquando do pagamento e que se propunham enviar-mos pelo correio desde que pagasse os portes (!). Perante esta proposta, no mínimo absurda, retorqui que iria resolver o problema pessoalmente ao Porto, com o gerente da casa, o que fiz.
Uma vez no Porto, e estando na rua de Santa Catarina, resolvi ir experimentar umas francesinhas (deve ler-se com pronúncia acentuada) que me tinham aconselhado, no snack-bar Santiago, situado pertinho do Coliseu da cidade, na rua Passos Manuel. Provei e recomendo. Apesar do aspecto de snack, garanto-vos que as francesinhas são de muto boa qualidade.
Um pouco de história:
As francesinhas nasceram no Porto, “inventadas” na década de sessenta, por um emigrante regressado de França, que decidiu introduzir alguma inovação num prato tipicamente francês (croque-monsier), adicionando-lhe um molho bem ao sabor português. Garanto-vos que, com esta transformação, são muito melhores que o prato que lhes deu origem.
Pode-se dizer que, além das tripas, o prato mais conhecido do Porto, as francesinhas fazem também já parte do imaginário tripeiro.
É hoje possível encontrá-las em qualquer restaurante da cidade e até já no regime de franchising (as primeiras são, quase sempre, melhores).

Aqui vai a receita:
Ingredientes:
Molho:
Uma cerveja; um caldo de carne; duas folhas de louro; uma colher de sopa de margarina; um cálice de brandy ou vinho do porto; uma colher de sopa de farinha maizena; duas colheres de sopa de polpa de tomate; um dl de leite; piripiri. (Quem for muito preguiçoso ou pouco dado às artes culinárias, há nos hipermercados um molho já preparado, muito razoável).
Francesinha:
Duas fatias de pão de forma; fiambre; queijo; salsichas; linguiça e escalope de vitela ou porco.

Preparação:
Molho:
Dissolver bem a maizena com o leite e juntar os restantes ingredientes. Com a varinha mágica triturar, levar ao lume até ferver e engrossar um pouco, mexendo para não pegar no fundo.
Francesinha:
Fazer uma sandes com os ingredientes e cobrir com queijo. Colocar no centro de um prato e regar com o molho. Levar ao forno a gratinar

P.S.: Na Senhora da Hora, relativamente perto do Norte Shopping, há uma outra casa muito modesta, O Paquete, que também serve umas francesinhas de se lhes tirar o chapéu.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Playing For Change: Song Around the World

Caros amigos:
A todos os que por aqui passam, e para todos aqueles que nem sonham que eu existo, aqui ficam os meus desejos de um 2009 cheio de coisas boas, apesar da crise.
Que este video nos inspire a construir um mundo mais solídário, a começar por todos aqueles que estão mais próximos de nós.
Um abraço e tudo de bom para todos VÓS.