quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Casa da Nau

Uma das construções mais curiosas de Coimbra é a Casa da Nau, situada pouco acima do actual Governo Civil, a caminho da Sé Velha. Esta construção, que deve o seu nome ao facto de fazer lembrar uma nau, data do século XVI.

Nela está instalada a Real República Prá-Kys-Tão, fundada em 27 de Janeiro de 1951.

As origens deste tipo de instituições podemos ir buscá-la aos tempos de D. Dinis que, para fazer face à falta de habitações par os estuantes, criou casas próprias para eles habitarem. Com o passar dos tempos chegamos até às actruais Repúblicas estudantis.

Ao lado da Casa da Nau situava-se o Teatro Sousa Bastos, onde fui várias vezes ao cinema, inaugurado em 15 de Junho de 1914 e onde se fizeram as primeiras sessões de cinema da cidade.

Fechado há muitos anos, não será altura de a cidade começar a pensar recuperar alguns dos seus ex-libiris, entre os quais destaco este espaço cultural, numa cidade que se pretende capital do conhecimento?

sábado, 24 de novembro de 2007

Arcos do Jardim

Um dos locais mais bonitos de Coimbra é a Praça dos Arcos do Jardim.

Estes arcos constituem, nem mais nem menos, o Aqueduto de S. Sebastião que foi construído no século XVI sobre o que fora outrora um aqueduto romano.
O Aqueduto servia para abastecer a alta de Coimbra, com água de variadas nascentes da cidade, entre elas a fonte D`El Rei do Convento de Celas, na parte alta da cidade.
Um dos arcos deste aqueduto tem a estátua de S. Sebastião de um lado e de S. Roque do outro, junto à casa Museu Bissaya Barreto.
O aqueduto ligava os morros onde se situavam o Mosteiro de Santana e o Castelo, vencendo uma depressão em vinte e um arcos, daí ter sido, em tempos idos, conhecido como aqueduto de Santana
É também conhecido como Arcos do Jardim, tendo sido construído pelo engenheiro italiano Filipe Terzio, no reinado de D. Sebastião.

O aspecto nem sempre foi o que conhecemos actualmente pois, encostados ao aqueduto, havia uma série de construções, entre as quais se destacavam: o Lar das Teresianas, a Leiteiria Académica de Joaquim "Pirata" e o Colégio Liceu.

Observando as fotografias podemos constatar que o aspecto era bem diferente do actual.

De referir que, com a demolição das casa, foi também abaixo, em 1959, um arco que dificultava a ligação da rua do Arco da Traição com a Calçada Martim de Freitas (actual rua de acesso ao Largo D. Dinis).

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Aproxima-se o Natal

Este ano resolvi antecipar-me.... O frio que se fez sentir nestes 2 últimos dias lembrou-me que está quase a abrir a época de caça àqueles que defendem a celebração do Natal, como é o meu caso.
Mais uma vez, no dia 8 de Dezembro, irei fazer o Presépio no minifúndio (4 metros quadrados) que possuo em frente à minha casa.
Não aceito que me digam que, ao fazê-lo, esteja a desrespeitar todos aqueles que não são cristãos. Acho que o respeito não tem nada a ver com isso.
Quando vou a Lisboa e passo na Praça de Espanha, não me sinto ofendido pelo Minarete da Mesquita da cidade. Sinto, aliás, uma alegria pela diversidade que posso viver neste país e pela liberdade que os muçulmanos têm de poder expressar a sua fé publicamente.
Por isso não me identifico com todos aqueles que pretendem demonstrar um grande respeito pelas outras religiões, esquecendo-se de fazer o mesmo pelo cristianismo em geral e, mais particularmente, pela Igreja Católica.
Alías, analisados os seus discursos depressa se vê que não bate a bota com a perdigota, pois estou farto de pessoas que pretendem pensar por mim e dizer-me o que é correcto ou não.
Este Natal mais uma vez vão obrigar-me a ser politicamente incorrecto.
Aqui em casa vai mesmo haver Natal, com Menino Jesus e tudo (e não com Pai Natal) e não Wintermas, como alguém quis impor, o ano passado, numa cidade inglesa.
Haja juízo e respeito pelos outros (neste caso também por nós, os cristãos).

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Arco do Bispo




Em 1880, o Bispo de Coimbra, D. Francisco de Lemos Coutinho, mandou edificar um arco para estabelecer a ligação entre o Paço Episcopal e a Sé Catedral.

Esse arco ficou conhecido como o Arco do Bispo, tendo sido demolido mais tarde, bem como a residência episcopal.

A título de curiosidade refira-se que o eléctrico, proveniente da Avenida Sá da Bandeira, subia a actual rua Padre António Vieira e passava por debaixo do Arco.

Actualmente, o aspecto é o que se vê na última fotografia.

Mais uma vez aqui fica o meu protesto por alguém (Salazar) nos ter privado da velha alta Coimbra, com a finalidade de construir muitos dos edifícios que actualmente constituem a Universidade.
A ideia era ter os estudantes juntos para mais facilmente os controlar...

domingo, 11 de novembro de 2007

Museu Machado de Castro



Ao lado do Museu Machado de Castro, corre a rua Borges Carneiro, antiga Rua das Covas.
Juro que nunca percebi esta necessidade de passar o tempo a mudar o nome às coisas, sendo que, muitas vezes, continuam a ser conhecidas pelos nomes antigos. Veja-so o caso da Rua das Figeirinhas, por exemplo.
Mais paradigmático nestas mudanças é o que se passa em termos de educação: quando era estudante fazia Redacções, hoje fazem-se Composições e até Produçõs de Texto (embora ninguém entenda o que muitos escrevem); havia Ditados, hoje Exercícios Ortográficos; Chumbos, disfarçados agora de Retenções ou Não Tansições, sendo que disto não derivou qualquer benefício para a causa educativa....
Mas voltando ao assunto do post, os edifícios que se vêm à esquerda já não existem pois foram demolidos para dar lugar à Faculdade de Letras.
Na 2ª fotografia, vê-se o terreno já sem as casas e, ao fundo, o Museu Machado de Castro, ao lado da Igreja S. João de Almedina, que passou a fazer parte do Museu.
No actual edifício do Museu residiram, desde o século XII, os bispos da cidade, sendo por isso Paço Episcopal, tendo sido transformado em Museu em 1912.

Pergunto eu: não é possível julgar, nem que seja a título póstumo, os criminosos que determinaram a demolição da Alta e que obrigaram a mudar de casa um grande número de pessoas? Algumas delas foram transferidas para um Bairro Provisório, o Bairro de Celas, junto ao actual Hospital da Universidade, onde ainda hoje vivem. Notem bem, provisório.
Este bairro é um local curioso de visitar, pois encontramos aí algumas das estátuas levadas da velha Alta aquando da demolição.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Modelismo

Ouvindo as explicações do Prof. Rui Pinto

Pista todo o terreno
Pista Ninco de seis carris
Prontos para partir
No decurso desta semana, tive oportunidade de visitar, em conjunto com um grupo de alunos da via profissinalizante, a Tecnihobby Modelismo Lda., uma empresa dedicada ao modelismo que se situa junto à Escola Secundária D. Dinis, em Eiras.

Assim os alunos tiveram oportunidade de ouvir explicações sobre escalas, electricidade, potência, motores, especificações e muitas outras coisas.
No final, chegou o momento mais aguardado: a possibilidade de competir numa pista Ninco de 6 carris, com cerca de 45 metros de comprimento. Os carros, em competição, eram de escala 1/32 e atingiam velocidades impressionantes.
No final, houve medalhas para os alunos mais rápidos: o Miguel, o Diogo e a Maria Inês.
Mais uma vez o Colégio saiu prestigiado pela forma exemplar como os alunos se mostraram interessados nas explicações dadas, pelas perguntas colocadas e pelo civismo que demonstraram.

domingo, 4 de novembro de 2007

Igreja de Santa Cruz



Regresso, hoje, às fotografias de Coimbra. Enquanto tiver fotos antigas não sou capaz e resistir à tentação de partilhá-las com aqueles que tem apaciência de me visitarem.

Mais uma vez volta à carga com a Igreja de Santa Cruz, hoje elevada a Panteão Nacional, à qual tenho uma ligação de muitos anos de trabalho em prol da comunidade paroquial.

O motivo que me faz regressar a este monumento é a série de fotografias acima colocada.
Chamo a atenção para a fachada do actual Café Santa Cruz (antiga igreja de S. João das Donas), situado à direita da Igreja e para o seu aspecto em meados do século XIX, depois da extinção as Ordens Religiosas, em 1834 (3 primeiras imagens).

Outra foto curiosa (a quarta) mostra-nos a Igreja em 1940, uma ano após o começo da 2.ª Guerra Mundial, protegida com sacos de areia visando proteger a fachada do templo, com medo que viesse a ser bombardeada, apesar da neutralidade portuguesa.
Depois de ter resistido às investidas da 1.ª República, que quis transformá-la numa garagem e deitar abaixo todo o edífício do Santuário (o maior da Europa), havia agora o perigo de ser alvo de algum ataque devido à 2.ª Guerra.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Sarrabulho





Dia 1 de Novembro.
Neste dia, aqui em casa, é tradição comer sarrabulho e febras.
Para provar o que estou a afirmar, nada melhor que ver as fotografias. Eu sei que são do ano passado mas a coisa tem uma explicação: mais uma vez a gula fez com que só me lembrasse das fotografias depois de ter comido e, por isso, tive que recorrer ao arquivo fotográfico. Deve ser o PDI (peso da idade) a pesar (passe a repetição!).
Para que conste o cardápio foi o seguinte:
negritos grelhados;
sarrabulho;
febras grelhadas;
vinho de Lamas (Miranda do Corvo)
etc, etc.
O cozinheiro foi o meu pai e pudemos compartilhar o repasto com uns amigos que já nos acompanham, há uns anos, nesta tarefa tão exigente.
Já me diziam que o blogue andava com poucos sabores. Espero ter reparado a falha.