domingo, 27 de dezembro de 2009

A liberdade religiosa

Por onde andarão aqueles que pregavam, aos quatro ventos, que devia ser retirada do espaço público qualquer alusão ao Natal para não ofender os não crentes?
Segundo consta, andam muito entretidos a insurgirem-se contra o voto suiço que proibiu a construção de minaretes, alegando que isso põe em causa a liberdade religiosa.
Se há coisa que eu gosto é de pessoas que usam dois pesos e duas medidas de acordo com as suas conveniências. Pessoas que são capazes de estar bem com Deus e com o Diabo, como se todos nós não nos lembrassemos daquilo que disseram noutras ocasiões.
Já agora gostaria de saber a sua opinião sobre a falta de liberdade religiosa em alguns países (Arábia Saudita, Irão, etc) que não permitem outras religiões que não a oficialmente aceite pelo estado, mesmo sendo islâmicas.
Declaração de interesses: se fosse suiço teria votado NÃO na pergunta do referendo, pois sou favorável à liberdade religiosa.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

O meu Presépio (da rua)

Conforme o prometido,aqui fica o Presépio que dá as boas-vindas a quem chega a minha casa. Numa época em que os símbolos cristãos são afastados do espaço público, faço questão de mostrar, publicasmente, a matriz cristã da minha educação.
Não resisto à tentação de transcrever um pensamento de Paul Ricoer, retirado da crónica de Frei Bento Domingues, no Público de Domingo último.
"Acho completamente inacreditável que, no ensino público, a pretexto da laicidade de abstenção própria do Estado, nunca seja verdadeiramente apresentada, em profundidade, a significação das grandes figuras do judaísmo e cristianismo. Chega-se ao seguinte paradoxo: as crianças conhecem muito melhor o panteão grego, romano ou egípcio do que profetas de Israel ou as parábolas de Jesus; sabem tudo acerca dos amores de Zeus, conhecem as aventuras de Ulisses, mas nunca ouviram falar da Epístola aos Romanos nem dos Salmos. De facto, estes textos fundaram a nossa cultura muito mais do que a mitilogia grega".
E assim vamos, alegremente, perdendo as nossas referências, lembrando-me sempre da frase que nos lembra "Que um povo sem história é um povo sem futuro".
Fiquem bem, tenham um Santo Natal e façam-me o favor de ser felizes.
PS: A música venezuelana que vos deixo é uma delícia.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Os presépios da minha escola...

Ora aqui estão alguns dos muitos presépios feitos pelos alunos da minha escola.

Desejos de uma Santo Natal para todos os que por aqui passam e para todos os outros que nem sonham que este espaço existe.
Fiquem bem e façam-me o favor de serem felizes.

sábado, 12 de dezembro de 2009

A Cimeira de Copenhaga

Andamos tão ocupados a tentar deixar um mundo em bom estado para os nossos descendentes e nem reparamos que, se calhar, com o estado actual da educação, não deixamos é descendentes em bom estado para o mundo.
Um abraço e passem bem.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Já cheira a Natal

Já cheira a Natal...

Cá em casa já há árvore e presépio.

Falta apenas montar o presépio da rua. Espero, quando o fizer, não ferir a susceptibilidade de ninguém!

Fiquem bem.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Alguém que me faça um desenho....

Há coisas que uma pessoa houve e nem quer acreditar.
Ao ouvir um noticiário na televisão, deparei com uma situação que julgava, na minha boa fé, ser impossível.
Algures neste país, um homem esfaqueou a sua mulher inúmeras vezes, provovando-lhe a morte e deixando três filhos órfãos.
Cenas que são vão banalizando, sem ser possível preveni-las, neste país que era de brandos costumes.
Mas aquilo que me parecia impossível aconteceu depois.
Julagado o caso em tribunal, o assassino foi considerado inimputável, tendo sido considerado inocente. Julgava eu que o "in dubio pro reo" se aplicava noutras situações mas, pelos vistos, estava equivocado. Junte-se a isto o facto de o Minsitério Público não ter recorrido da sentença e da família, que se constituiu como assistente não o poder fazer.
Como em Portugal sempre que achamos que chegámos ao fundo do poço, descobrimos que ainda é possível ir mais longe, tudo é possível, a família, que ficou com os menores a cargo, recebeu agora as despesas do tribunal para pagar, uma vez que o arguido foi considerado inocente.
Vamos lá ver se entendo: alguém é assassinado e os seus familiares são obrigados a pagar as custas judiciais do processo por o acusado ter sido considerado inocente, uma vez que era inimputável?
É por estas e por outras que, se fosse mais novo, já me tinha posto a milhas deste canto à beira-mar plantado ou, às vezes, não tenho vontade de comemorar o 1.º de Dezembro.