segunda-feira, 30 de abril de 2007

Onde é que você estava no primeiro 1º de Maio?

Encontrei esta fotografia num dos álbuns onde guardo algumas das minhas memórias. Aqui estou eu, na Praça 8 de Maio (antigo largo de Sansão), vestido a rigor, como mandava a moda da altura e como indispensável cravo ao peito.
Esperava pela manifestação, a 1ª grande manifestação havida depois da Revolução, para a acompanhar. Lembro-me que fui até à Ponte de Santa Clara festejando o dia do trabalhador e a liberdade recém-conquistada..
Uma fotografia dessa manifestação em cima da Ponte já saiu num dos exames do 12º ano de História.
Nessa altura, todos estávamos cheios de sonhos e acreditávamos que tudo era possível.
E agora aqui vos deixo um resumo sobre a origem do 1º de Maio:
No dia 1 de Maio de 1886 realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos Estados Unidos da América que tinha como finalidade reivindicar a redução do horário diário de trabalho para 8 horas. Nessa manifestação participaram centenas de milhares de pessoas. No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio das forças policiais que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas
Três anos mais tarde, a segunda Internacional Socialista, reunida em Paris, decidiu convocar anualmente uma manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago.
Em 1 de Maio de 1891, uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e, meses depois, a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de melhores condições de trabalho
A 23 de Abril de 1919 o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adopta o 1º de Maio como feriado, sendo este exemplo seguido por outros países.
Um abraço e bom feriado para todos.

E a nomeação vai para...

Queria a agreadecer a Segredos da Esfinge ( http://segredosdaesfinge.blogspot.com/ ) a honra que me atribuiu e esperar continuar a ser digno de tão grande louvor.
Pela minha parte prometo continuar a mostrar-vos pormenores da minha cidade, dos meus passeios (não tantos como gostaria!), as minhas estórias e os sabores que gosto.
Um abraço e bem-hajam todos os que fazem este blogue, ou seja, todos aqueles que por aqui passam e se limitam a ler a minha prosa ou resolvem também deixar uma mensagem.
Gostaria de nomear:
http://stellamatutina2007.blogspot.com/
http://clubedearqueologia.blogspot.com/
http://coimbradosamores.blogspot.com/
http://dispersamente.blogspot.com/
http://examesecompanhia.blogspot.com/
Um abraço para todos.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Torre Sineira de Santa Cruz de Coimbra




Trago-vos hoje algumas fotografias bem antigas onde é visível a antiga Torre de Santa Cruz de estilo barroco.
Em algumas das fotografias é também visível o Claustro da Manga, ainda completamente rodeado pelas dependências do Mosteiro de Santa Cruz.
Como facilmente se constata ao passar na Praça 8 de Maio, a Igreja de Santa Cruz não tem sinos, tendo sido essa função desempenhada por esta torre, que se situava no local onde hoje encontramos as Escadas de Montarroio (última foto), construídas em 1986, tendo, ao centro, uma fonte que, em tempos, foi conhecida como Fonte dos Judeus e que, originalmente, estava situada na parte de cima da actual Praça do Peixe do Mercado D. Pedro V.
Da parte de cima da praça ficava a Antiga Judiaria.

  • 1ª foto - Para além da Torre, é ainda visível, do lado esquerdo da torre, o edifício onde está instalada a PSP e que era nem mais nem menos que o antigo Celeiro do Mosteiro, enquanto do lado direito (actual Escola Jaime Cortesão) ficava a Enfermaria.
  • 2ª foto - A Torre vista da parte de cima do Claustro da Manga, ainda este claustro estava rodeado pelas construções do Mosteiro.
  • 3º foto - A imponente torre sineira vista a partir do Calustro do Silêncio.
  • 4ª foto - Foto, não muito clara, que mostra a Torre a cair. A Torre entrou em ruínas tendo caído, ou melhor dizendo, tendo sido deitada abaixo, em 3 de Janeiro de 1935 (ruiu às 15h24), com a colaboração dos bombeiros que, para isso, injectaram água nos seus alicerces. A Gazeta de Coimbra fazia a seguinte descrição do acontecimento: "Queda imponente, majestosa, gradiosisíma dum belo-horrível deslumbrante". Um crime, diria eu. Parece-me que já se estava a ensaiar para o que, aluns anos depois, se iria passar na alta da cidade.
  • 5 foto - As actuis escadas de acesso a Montarroio(1), construídas no local onde estava a Torre e a Fonte dos Judeus.

Já agora, se quiser ver uma reprodução da torre tem sempre a possibilidade de o fazer no Portugal dos Pequeninos.

(1)Montarroio deve a sua designação ao facto de os seus terrenos serem argilosos e calcários (Monte Rubium - monte amarelo - designação que aparece e documentos do século XI).

O Restaurante do Jardim de Manga é uma boa proposta para comer algo quando o termpo urge. A comida, embora em regime self-service, é boa e o pessoal simpático. Há ainda a hipótese de levar comida para casa.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Mosteiro de Santa Cruz - II - Coimbra

Eis mais duas fotografias da Igreja de Santa Cruz de Coimbra separadas porcerca de 100 anos.

Da primitiva igreja de Santa Cruz traçada por um tal Roberto(1), pouco resta hoje em dia, para além de uns arcos que ainda são visíveis no interior da igreja e que pertenciam ao Narthex. Desta construção mais antiga é visível, na fachada, a pedra amarelada da Mesura, Santa Clara.
O professor Nogueira Gonçalves fez a reconstituição daquilo que seria a igreja primitiva onde, para além do Narthex já referido e que tinha, num piso superior, os túmulos dos dois reis fundadores da nacionalidade, existia uma capela-mor cuja planta seria coincidente com a actual, com duas capelas colaterais e que remataria a nave da Igreja.
Um facto curioso - No tempo de D. Manuel, quando este por ali passou a caminho de Santiago de Compostela, a igreja ameaçava ruína o que levou o rei a mandar deitar a igreja abaixo e levantar outra em seu lugar, para dar sepultura condigna aos primeiros reis de Portugal. Para além disto também as instalações do mosteiro foram beneficiadas e aumentadas, passando a ocupar uma área que se estendia até ao actual Jardim da Sereia (que ficava dentro da cerca do mosteiro).
Este facto não foi, todavia, tão inocente como parece, pois o rei, sabendo que o Papa queria nomear Prior de Santa Cruz um sobrinho, o Cardeal Galiotto Franciotto la Rovere, que assim poderia beneficiar das rendas do Mosteiro (um dos mais ricos de Portugal) sem nunca cá pôr os pés, decidiu mandar restaurar o Mosteiro.
Assim D. Manuel sem afrontar o Papa, comprometeu as receitas do Mosteiro com as obras, fazendo o sobrinho do Papa perder o interesse pelo priorado.
Desta reconstrução é todo o portal em pedra branca de Ançã.

(1) Que também é o responsável pelo edifício da Sé Velha.
PS: Hoje é dia 25 de Abril e, embora tendo decidido não escrever um post sobre o 25 de Abril, não posso deixar de recordar a data que nos trouxe a liberdade e a democracia e de que alguns se tentam apropriar, como se essa data só a si dissesse respeito.
VIVA O 25 DE ABRIL

domingo, 22 de abril de 2007

Igreja de Santa Cruz - Coimbra


Mais três fotografias (e mais uma de bonus) que nos permitem ter uma ideia das alterações que foram ocorrendo na nossa cidade.

  • 1ª foto - Tirada num Domingo de manhã. A entrada da igreja faz-e subindo dois degraus. Na fachada nota-se a pedra amarela da Mesura (Santa Clara) da construção original (século XII) e a pedra branca de Ançã das obras levadas a cabo no século XVI a mando de D. Manuel I. Um dia ainda falaremos destas obras, pois revestem alguns aspectos curiosos.
  • 2ª foto - Datada de finai do século XIX inícios do século XX. Nessa altura ainda se desciam 11 degraus para entrar na Igreja. O actual Café Santa Cruz, antiga Igreja de S. João de Santa Cruz, tinha a fachada bastante diferente da que apresenta na actualidade.
  • 3ª foto - Claustro do Silêncio do Mosteiro de Santa Cruz. Como curiosidade o facto de se ver a torre sineira de Santa Cruz, que existia ao lado da Escola Jaime Cortesão, onde hoje ficam as escadas de acesso a Montarroio. Um dia destes falaremos dela e da sua demolição.
  • 4ª foto - Bonus. Outra foto da Praça 8 de Maio (último post) com a passagem do Cortejo do Centenário da Sebenta.
A fundação do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra ocorreu nos anos 30, do século XII e teve como principal impulsionador D. Telo que, três anos antes, tinha estado para ser nomeado Bispo de Coimbra, por morte de D. Gonçalo, o detentor do cargo.
Em Dezembro de 1130, mandou D. Afonso Henriques passar carta de doação dos "Banhos Reais", que ficavam nos subúrbios da cidade, a favor de D.Telo.
Segundo relato de Pedro Alfarde, D. Telo deu em troca uma bonita sela que tinha comprado em Monpiller e que havia andado a exibir na cidade, tendo despertado o interesse de D. Afonso Henriques. Na opinião de alguns historiadores, "Os Banhos Reais" talvez sejam as antigas termas romanas de Aeminium ou os banhos de domínio muçulmano.
Ainda há pouco tempo se efectuavam escavações no antigo refeitório do convento, na tentativa de se encontarem vestígios de tais Banhos que, penso eu, se poderão localizar não aí, mas do lado oposto, junto à fonte de Paio Guterres, situada no Claustro do Silêncio que chegou a ter fama de milagrosa (a água curava as doenças oftalmológicas).
Uma estória curiosa - Na década de 30 do século passado o Mondego teve umas grandas cheias que inundaram toda a baixa e, naturalmente, a Igreja de Santa Cruz que ficou com água a grande altura.
Como ninguém conseguia chegar ao Santíssimo (na altura estava numa capela lateral) por causa da água, acabou por ser um artesão que vivia na baixinha que, habituado há muito às cheias (chegava-se a andar de barco nas ruelas da baixa), lá foi a nado, qual Camões, buscar o Santíssimo.
Como pagamento por tal feito, decidiu o Prior de Santa Cruz, dar-lhe um Pinto de Ouro (moeda em ouro).
Um dia destes voltaremos a Santa Cruz, pois neste mosteiro fica o maior Santuário da Europa que continua desconhecido da maioria dos conimbricenses.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Praça 8 de Maio - Coimbra



Voltamos hoje a falar de Coimbra e a partilhar algumas fotografias antigas da nossa cidade. Comecemos pela Praça 8 de Maio.
A Praça 8 de Maio é assim chamada por ter sido nesse dia, corria o ano de 1834, que entraram na cidade, as tropas liberais do Duque da Terceira.
Até aí, e mesmo muito depois, era popularmente conhecida como Largo de Sansão, devido ao facto de ali existir, no centro da praça, uma estátua dessa personagem bíblica que encimava um chafariz aí erguido. Construído a mandado de D. Afonso Martins, prior de Santa Cruz, foi-lhe acrescentada a estátua referida em 1592.
Curioso é o facto de, em 1612, a Câmara ter decidido proibir a lavagem de louça e roupas nesse local.
Esse chafariz acabou demolido, em 1876, a fim de ser construído o actual edifício da Câmara Municipal de Coimbra.
Em tempos idos o Largo de Sansão era um dos locais preferidos pelas vendedeiras, para aí venderem os produtos das suas hortas e não só, o que levou a Câmara, em 1784, a determinar que só aí podiam transacionar os seus produtos, as vendedeiras com mais de 50 anos e de boa reputação.

Muito lindo é Sansão
Que tem bicas a correr
Mais lindo é Montarroio
Que tem moças a valer.
Merece destaque, neste largo, a Igreja de Santa Cruz (de que falaremos um dia destes) e o Café Santa Cruz, instalado na antiga Igreja de S. João de Santa Cruz, onde entrar é sempre um deleite para os olhos pois, para além de tomar um simples café, podemos apreciar os seus vitrais bem como a magnífica abóbada que lhe serve de cobertura.

Curiosidades das fotografias:
  • 1ª foto - Data de inícios do século XX e tem como curiosidade o facto de os dois prédios na zona central serem os mesmos qua ainda hoje existem no início da rua Visconde da Luz (adquiriu este nome em 1858, depois de ter sofrido obras de alargamento), antiga rua de Coruche, famosa pelos seus ourives. Do lado esquerdo a Igreja de Santa Cruz, antes do rebaixamento da Praça, altura em que era necessário descer 11 degraus para lá entrar. Do lado direito as palmeiras que desapareceram com as mesmas obras.

  • 2ª foto - Datada de 1979. Nessa altura ainda o trânsito passava pela Praça 8 de Maio. Destaque para o "Pantufinha" (nome carinhoso dado pelos conimbricenses aos troleis, por não fazerem barulho) que ia a passar A igreja de Santa Cruz ainda continuava num nível inferior ao da Praça.

  • 3ª foto - A Praça, na actualidade, vista do mesmo sítio. Actualmente, para entrar na Igreja de Santa Cruz sobem-se 2 degraus. O muro em frente mostra-nos a altura anterior da praça. Desapareceram as palmeiras, surgindo, do lado direito, um lago com repuxos.

  • 4ª foto - O lago refrido no comentário anterior.

  • 5ª foto - Mostra-nos o lado contrário da Praça, sendo visível a rua da Sofia e o edifício da Caixa Geral de Depósitos, muito ao gosto da arquitectura do Estado Novo.

  • 6ª foto - Fotografia de um postal do início do século XX, mostrando a Câmara Municiapal, construída em terrenos que haviam pertencido ao Mosteiro de Santa Cruz. No centro, ao cimo, figura o brasão da cidade, de que já aqui demos conta, com as imagens esculpidas ao contrário (foto 7).

terça-feira, 17 de abril de 2007

Arroz de lampreia



Foi no Domingo passado. (Isto não tem nada a ver com a casa da Mariquinhas)
Depois das tapas de Espanha nada como um bom Arroz de Lampreia para acalmar as hostes.
O melhor arroz de Lampreia do mundo é o feito pela minha mãe, posso garantir-vos com toda a certeza.
Não que isto não possa parecer supeito, mas garanto-vos que não estou a regar. É realmente o melhor.
Depois de muitos anos de prática no Zé Manel dos Ossos, posso assegurar-vos que estava divinal.
No dia seguinte (16/04/2007), a minha mãe preparava-se para cozinhar mais três, penso eu, para um grupo de amigos de muitos anos do Zé Manel. Que o diga o http://pesporra.blogspot.com/.
Na Corunha aprendi que as lampreias depois de regressarem ao rio para desovar (nascem no rio mas vivem a via adulta no mar até regressarem para desovar), deixam de comer. Daí o facto de morrerem despois de desovar.
Na Casa dos Peixes havia um aquário que tinha algumas dezenas de exemplares. Segundo nos disseram, se a água estiver suficientemente fria podem sobreviver até um ano sem se alimentarem.

E agora para os mais aventureiros eis os ingredientes e a receita:

· 1 lampreia
· 1/2 kg de arroz
· 1 cebola grande
· 1 ramo de salsa
· 1 folha de louro
· 1 dente de alho
· Azeite
· Unto ou banha de porco
· Pimenta, colorau, sal e margarina
· vinho tinto
Confecção:
Pela-se a lampreia pondo-a num alguidar, e, sobre ela, deita-se água a ferver. Com uma faca, tira-se a pele, só raspando. Abre-se a lampreia da cabeça até ao fundo dos buracos, e junto à cauda, dá-se um golpe para tirar a tripa inteira. Aproveita-se o sangue no mesmo recipiente, pondo vinho tinto de modo a tapar a lampreia, e tempera-se com os condimentos acima descritos. Deve ficar de véspera com esses temperos. No dia seguinte, faz-se um refogado com a cebola, azeite, banha ou unto e margarina. Depois do refogado feito põe-se a lampreia dentro e deixa-se refogar, virando dos dois lados. Cobre-se então com a marinada dos temperos. Deixa-se cozer a lampreia durante cerca de 15 minutos, de forma a que não fique desfeita. Tira-se a lampreia, põe-se água em quantidade tripla de arroz, deixa-se ferver e põe-se o arroz, deixando cozer cerca de 15 minutos. Serve-se em seguida numa travessa funda, sendo o arroz coberto com a lampreia inteira, apenas golpeada.


Nota: Cá em casa vai para a mesa em dois tachos, um com o arroz e outro com a lampreia já cortada às postas.

Para sobremesa é sempre possível comer uma lampreia de ovos para compor o ramalhete.
Bom apetite.

domingo, 15 de abril de 2007

Corunha 2007


Só vos posso dizer que ir à Corunha com um grupo de alunos como este é espectacular. Numa altura em que as notícias de LLoret del Mar andam nas bocas do mundo, ir com estes alunos do 12º ano, faz-nos acreditar no futuro.
Um grande bem-haja para todos.
Quanto ao resto, tudo correu bem.
Os locais a visitar: Vigo, Santiago de Compostela (Catedral e zona velha) e a Corunha (Domus, Casa das Ciências e Casa dos Peixes), valem o esforço de erguer às 4 horas da manhã para sair às 5.
S. Pedro também ajudou pois esteve do nosso lado e brindou-nos com dois dias de sol.
Uma última palavra para os responsáveis do Colégio de Santa Maria del Mar, da Corunha que, mais uma vez, nos receberam e disponibilizaram as suas instalações para pernoitarmos. O Colégio situa-se mesmo junto à ria de Burgos, permitindo, asssim, que o mar fosse a primeira coisa que víamos quando saíamos dos nossos aposentos.
  • 1ª foto - No primeiro dia provámos as ostras, no Mercado da Pedra, em Vigo e houve alunos que passaram a prova. Parabéns.
  • 2ª foto - O grupo antes de visitar a Catedral. Uma visita que, só por si, vale a ida à Galiza.
  • 3ª foto - A luz e o interior da Catedral. A maneira como a luz entra no transepto, por uma rosácea, e ilumina o paço interior convida ao recolhimento e à oração.
  • 4ª foto - A Taberna do Bispo. Um lugar obrigatório para quem gosta de Tapas.
  • 5ª e 6ª fotos - Alguns dos petiscos do almoço de Sábado: Mexilhões Gratinados e Pulpo à la Feria ou à Galega. Tenho pena de não me lembrar do nome do restaurante mas, felizmente, lembro-me da localização: Corunha.
  • 7ª foto - As famosas marquises que são a imagem mais típica da Corunha.
  • 8ª foto - A Domus ou Casa do Homem, um museu interactivo que vale uma visita demorada. A vida humana e os seus segredos são o tema central. A sua arquitectura é outro factor que vale a pena admirar. Já agora vale a visita a uma imponente estátua do Botero que está ao lado da fachada (foto 9).
  • 10ª foto - Eis a baía do Riazor vista da Casa do Homem (Domus). A paisagem natural vista daí é de cortar a respiração pois a Corunha é uma cidade com mar por todos os lados.

É nestas alturas que sentimos como é bom sermos professores, pois um grupo como este vale bem o incómodo de sair de casa e dormir à "pressa". Até para o ano de 2008, se me convidarem.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Anta de Pavia




Um dos sítios mais curiosos do Alentejo fica em Pavia: uma Anta transformada em Capela de culto a S. Dinis.
A referida Anta, ou Dólmen, (que foi construída como monumento funerário) e que fica mesmo no centro da Vila, atesta que esta zona era já habitada em tempos pré-históricos.
É uma das maiores Antas de Portugal (não estou a contar com as Antas de duas pernas que por aí andam!), apresentando 4,30 metros de diâmetro e 3,3 metros de altura.
Não se sabe ao certo quando foi transformado em capela, sabendo-se apenas que terá sido antes de 1625, data em que já aparece referida como a designação de S. Dinis.
O espaço foi escavado por Virgílio Correia, tendo saído daí algum material para o Museu Nacional de Arqueologia.
É composta por sete esteios (as pedras ao alto) e chapéus graníticos, tendo o frontal do altar em azulejaria monocroma, de estilo barroco datado de 173o. Parte dele está actualmente retirado para restauro.
Gostaria de acrescentar que preferia que a Anta estivesse no seu estado original, não posso deixar de reconhecer, no entanto, que este aproveitamento deve ser uma situação única no mundo ou, quanto muito, raríssimo.
Eis um motivo para passar por Pavia sem ser preciso ir a Itália.
E depois, bem, depois, há sempre a comida alentejana.
Boa viagem e bom apetite.
Nota: Vou estar ausente por uns dias, pois vou para Santiago de Compostela e Corunha com os alunos do 12º ano do Colégio. Vamos lá ver se trago umas fotos de jeito e se como umas tapas para animar.

segunda-feira, 9 de abril de 2007

A caminho do Pulo do Lobo





Para quem gosta de locais calmos e quase sem vivalma, eis um dos lugares mais famosos e menos conhecidos de Portugal: o Pulo do Lobo.
Há uns anos atrás, tornou-se conhecido devido a uma célebre entrevista a Cavaco Silva, em que afirmou desconhecer o assunto perguntado pois estivera no Pulo do Lobo e lá não havia rede de telemóvel.
Nota: continua a não haver, o que bem vistas as coisas, até tem aspectos positivos, pois permite estar desligado do mundo e apreciar melhor a paisagem que se abre aos nossos olhos.
É um local pouco conhecido pois fica desvido das estradas que levam ao Algarve. Aliás, muita gente que por aí passa, do Alentejo só conhece a estrada que leva ao Algarve, 10 metros para cada lado da estrada e pouco mais.
Mas, acreditem que vale a pena um pulo ao Pulo do Lobo.
Para quem não se quiser meter em caminhos de terra batida o melhor é ir pela estrada que liga Beja a Mértola. Mas, para quem gostar de aventuras, o melhor é seguir pela margem esquerda do Guadiana. Foi o meu caso. Até se passa a vau por uma ribeira, se o caudal assim o deixar.
Não vos tomo mais tempo pois acho que as fotografias são elucidativas.
Boa viagem.

sábado, 7 de abril de 2007

Petiscos portugueses




Para que não me acusem de ser iberista (tenho uma costela espanhola pois o meu avô paterno era espanhol, ou melhor, galego) aqui estão as provas de que se come muito bem em Portugal.
Reconheço que as fotografias não estão grande coisa, mas a impaciência para me lançar no pecado da gula era tanta que até me fez tremer a mão.

Passemos, então, às apresentações:

1ª fotografia - Arroz de Lingueirão de que já aqui falei em ( http://historiasesabores.blogspot.com/2006/11/cacela-velha.html ). É uma especialidade da casa Costa, em Fábrica, Cacela-a-Velha, mesmo junto à Ria Formosa.

2ª fotografia - Chocos à Costa. Uma especialidade. Fritos em azeite e dentes de alho inteiros com casca e tudo. Vão bem a acompnahr como Arroz de Lingueirão.

3ª fotografia - Sopa de Cação comida no Martinho da Arcada em Évora. Uma especialidade que vale a pena uma ida a Évora.

4º fotografia - Pezinhos de Coentrada, no mesmo restaurante. Uma maravilha para quem não se preocupa com colesterol.

5ª fotografia- Morgado de Amêndoa, embora a fotografia seja de uma anterior visita. De qualquer maneira continua bom e recomenda-se. Este foi comido no Costa, em Cacela-a-Velha

Em Évora comeu-se uma Encharcada, de que já aqui apresentámos a receita em: http://historiasesabores.blogspot.com/2006/05/vora-praa-do-giraldo.html)


Bom apetite.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Tapas






Uma das coisas que mais gosto em Espanha é ir de tapas, isto é, comer tapas. Ir petiscar como diríamos por aqui.
É impressionante a variedade de tapas que podemos encontrar.
Segundo me contaram, o nome "tapas", deve-se ao facto de, quando serviam os copos de vinho, lhe colocarem em cima um prato para proteger o vinho do pó, até que começou a ser habitual colocar algo, por exemplo azeitonas, em cima do referido prato. Assim terão nascido as tapas que se tornaram numa espécie de instituição nacional espanhola.
Apesar de não ser espanhol, reconheço que me agrada a perspectiva de ir tapear, pela variedade do que se pode comer, pelo convívio, pois muitas vezes é "obrigatório" peregrinar por vários sítios, e mais importante porque SIM.
Nas imagens, que são apenas uma pequena amostra, temos:
  • Chopitos (Portonovo - Galiza)
  • Polvo à Galega (Ayamonte)
  • Calamares (Ayamonte)
  • Berbigões e Piquitos (pimentos) rellenos (Santiago de Compostela)
  • Batatas bravas, calamares, berbigões, costeletas de cordeiro, pescaditos, etc (Santiago de Compostela)
  • Churros e Chocolate quente (La Antilla - Andaluzia)
Bom apetite e, já agora, acreditem que é possível comer bem em Espanha.
P.S.: Tapas é em Espanha e não por aí, numas imitações nem sempre baratas, por muito típicas que queiram parecer.