Peniche
Depois do Porto, e apesar de muito haver ainda para dizer (fica lá mais para a frente), dirijo-me para o litoral mais a sul, antes que acabe o Verão.
Começo este périplo por Peniche, terra que me seduz pelas suas praias, gentes, gastronomia e, claro, pelas Berlengas.
Peniche situa-se cerca de 80 km a norte de Lisboa, tendo, num passado não muito longínquo, sido uma ilha, mas que a acção conjunta de ventos e marés acabou por a ligar ao resto do continente através de um istmo.
É interessante percorrer toda a península de Peniche começando pela costa norte, batida pelo mar forte, onde nos está reservado um autêntico espectáculo da natureza. Passando nos rochedos da Papôa, lembramo-nos da notícia sobre os trágicos naufrágios acontecidos neste cenário sendo que o mais famoso foi o do galeão espanhol «São Pedro de Alcântara», em 1786.
Peniche situa-se cerca de 80 km a norte de Lisboa, tendo, num passado não muito longínquo, sido uma ilha, mas que a acção conjunta de ventos e marés acabou por a ligar ao resto do continente através de um istmo.
É interessante percorrer toda a península de Peniche começando pela costa norte, batida pelo mar forte, onde nos está reservado um autêntico espectáculo da natureza. Passando nos rochedos da Papôa, lembramo-nos da notícia sobre os trágicos naufrágios acontecidos neste cenário sendo que o mais famoso foi o do galeão espanhol «São Pedro de Alcântara», em 1786.
Continuando chegamos ao Cabo Carvoeiro, de que falaremos no próximo post, onde podemos observar a Nau dos Corvos.
Iniciando o caminho de volta, chegamos ao Forte de Peniche. Em tempos, foi sede de um importante complexo militar, edificado para a protecção da costa. Juntamente com os fortes da Consolação e das Berlengas, faziam parte de um importante sistema defensivo na nossa costa.
Após várias transformações, acabou por ficar conhecido pelos motivos mais sinistros, pois funcionou como prisão política na época do Estado Novo.
Iniciando o caminho de volta, chegamos ao Forte de Peniche. Em tempos, foi sede de um importante complexo militar, edificado para a protecção da costa. Juntamente com os fortes da Consolação e das Berlengas, faziam parte de um importante sistema defensivo na nossa costa.
Após várias transformações, acabou por ficar conhecido pelos motivos mais sinistros, pois funcionou como prisão política na época do Estado Novo.
Este forte testemunhou uma das mais espectaculares histórias da luta contra o fascismo: em Janeiro de 1960, daqui se evadiu um grupo de presos políticos, encontrando-se entre eles Álvaro Cunhal, fuga essa que foi preparada com a ajuda de Dias Lourenço que se evadira uns anos antes e a quem já ouvi as peripécias da fuga contadas pelo próprio, no forte, com o Carlos Moura (http://clubedearqueologia.blogspot.com/) e um grupo de alunos nossos.
Após o 25 de Abril foi transformado em museu, nele se reconstituindo o ambiente de uma prisão política.
Entretanto, e se for hora de comer, recomenda-se o restaurante O Sardinha onde se come uma excelente caldeirada à moda de Peniche ou um bom peixe grelhado.
Falar de Peniche e não falar das rendas de bilros seria imperdoável. A sua origem perde-se no tempo, resultando, talvez, da necessidade sentida pelas mulheres em ocupar o tempo, enquanto esperavam pelos homens que iam ao mar. É um dos "recuerdos" a trazer de Peniche.
Já agora, ir a Peniche e não dar um pulo ao Baleal é quase como ir a Roma e não ver o Papa.
Após o 25 de Abril foi transformado em museu, nele se reconstituindo o ambiente de uma prisão política.
Entretanto, e se for hora de comer, recomenda-se o restaurante O Sardinha onde se come uma excelente caldeirada à moda de Peniche ou um bom peixe grelhado.
Falar de Peniche e não falar das rendas de bilros seria imperdoável. A sua origem perde-se no tempo, resultando, talvez, da necessidade sentida pelas mulheres em ocupar o tempo, enquanto esperavam pelos homens que iam ao mar. É um dos "recuerdos" a trazer de Peniche.
Já agora, ir a Peniche e não dar um pulo ao Baleal é quase como ir a Roma e não ver o Papa.
O Baleal foi, até há poucos anos, uma ilha, encontrando-se hoje ligada ao continente por uma língua de areia sobre a qual foi construída uma passagem que permite o acesso de carros.
Posso assegurar-vos que é uma das praias mais bonitas do país e que vale bem uma visita e uma banhoca. Há, no entanto, que ter cuidado com os peixes-aranhas que são frequentes nas suas águas.
4 comentários:
Cara Alfazema:
Vinda a mensagem de quem tem um blogue como o seu, só me resta agradecer e dizere que é sempre bem-vinda.
Há tempos que ando para deixar a minha marca no livro de visitas a este excelente blog (blogue?), o que, aliás, não seria a primeira vez. Já somos "velhos" amigos.
A Terceira deixou-nos sem tempo para outras andanças...E tão depressa não vamos esgotar o tema...por motivos óbvios.
O post anterior refere-se ao Porto...o Porto, cidade, nada de FCP´s e quejandos, desculpem-me os...os quê? Os dragões...qué isso, existem dragões?
O Porto, cidade...e as pontes? A cidade, aqueles pormenores da Ribeira e a ponte D. Luís, que maravilha e com que emoção revejo essas imagens. Vivi no Porto até aos 8 anos e, mais tarde, lá retornei para estudar, já os anos 60 estavam a mais de meio.
Bonitas e sugestivas fotografias! Que são sempe um prazer para os olhos e nos emocionam quando sabemos que são tiradas sob o olhar de alguém que fotografa com sentimento e que nos consegue transmitir emoções que nos comovem.
Um grande abraço.
António
Ah e a música de fundo do blog.
Precisamente um dos meus estilos de música preferidos!
antonio dispersamente
Nossa, como eh lindo seu blog e as fotos!
Voce descreve muito bem tudo, parece ate que a gente esta vendo!
Parabens, gostei muito!
Abracos
MARY
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