La Alberca - Salmodia
Em La Alberca é possível encontrar algumas tradições bem curiosas, embora por vezes haja que procurá-las ou esperar por elas.
Ainda hoje, diariamente ao escurecer, continua a ter lugar um rital de defuntos muito curioso. Uma mulher toca uma campainha em todas as esquinas da ladeia entoando uma salmodia pelas almas do Purgatório:
Ainda hoje, diariamente ao escurecer, continua a ter lugar um rital de defuntos muito curioso. Uma mulher toca uma campainha em todas as esquinas da ladeia entoando uma salmodia pelas almas do Purgatório:
«Fieles cristianos
acordémonos de las benditas almas del purgatório
con un padrenuestro y un avemaría
por el amor de Dios»
acordémonos de las benditas almas del purgatório
con un padrenuestro y un avemaría
por el amor de Dios»
«Otro padrenuestro y otro avemaría
por los que están en pecado mortal
para que su Divina Majestad
los saque de tan miserable estado»
A seguir toca mais três vezes a campainha e continua o caminho, sem deixar de rezar, até percorrer todo o percurso pela aldeia.
É costume seguirem-na algumas mulheres voluntárias que a acompanham nas suas orações e cânticos.
Eis mais um motivo de interesse para a visita.
Eis mais um motivo de interesse para a visita.
Já agora, se o tempo o permitir, é imperdível tomar uma caña e degustar umas tapas na espectacular Plaza Mayor.
Pena é que em Portugal, em aldeias como, por exemplo, Freixo de Numão (Vila Nova de Foz Côa), em plena zona do Douro, com uma espectacular praça central e uma bela Igreja, não haja nada, nem sequer um café para tomar algo.
De qualquer maneira fica a sugestão, pois a aldeia é um encanto, com um belo Palácio Barroco, onde funciona um simpático museu e muitas ruínas romanas nos arredores.
Assim vai o turismo em Portugal.
18 comentários:
Cada vez tenho mais vontade de ir visitar essa cidade!
Bjs
Definitivamente uma viagem a fazer muito rapidamente...
Ainda nao ha muito tempo existia em quase todas as aldeias um uso semelhante que era o toque das trindades, so que era com sino da aldeia.
So que agora para nao ofender os nao cristaos, e custume em desuso!!!
um abraco fornense.
Continua a interessante peregrinação por terras de Espanha. Topónimo que existe em Portugal e na Espanha e que provém do árabe “al-birka”, com sentido «lago, tanque». Óptimo fim-de-semana.
La Alberca , una visita pendiente desde Barcelona.
salut
joan
Nunca mais chega o Carnaval...para ir até Salamanca e Alberca!
Um abraço.
Olá!
Bom trabalho.
Parabéns.
Bom fim-de-semana
Pois é muito bom que se mantenham as tradiçoes, que não é o que se passa no nosso país.
Beijinhos.
n conheço...mas parece ter mts historias e tradixoes =)
bm f-d-s!
bjitus!
Tozé,
Boa sugestão, já anotei.
Abraços,
Pedro
Tozé,
estou muito curiosa para saber mais sobre La Alberca.
Boa semana.
Bjs,
Isadora.
Valha-me ir vendo o que estas extraordinárias reportagens nos vão mostrando a vida que há por aí, desde que nos metamos a caminho!
Ainda hoje, em conversa com o "Moura", falámos desta questão de sair ou não sair da nossa "aldeia" para ver/conviver com as outras. Não sei que raio faço ao tempo que não há maneira de o aproveitar...mais racionalmente.
Um abraço.
António
Tozé: como sempre, algo que vês e de que nos falas, raiz da terra, costumes e lugares. Tão belo! (Inf.: o post anterior ao teu coment. era sobre o Porto, mas, sabes, tudo é lindo pelos olhos lindos!) Abç
Também temos tradições curiosas deste lado. Ainda hoje descobri uma coisa curiosíssima acerca da recolha de neve nos tempos da corte em Portugal que me deixou de boca aberta. Uma tradição que não faz sentido nos dias de hoje, mas que é recordada todos os anos.
A neve era recolhida em poços de xisto na Serra da Lousã e preservada até ao Verão, altura em que era transportada para Lisboa para que a corte tivesse gelado e outras iguarias frescas todo o ano.
Ainda se faz a recolha e o transporte como exemplo uma vez por ano.
Belas imagenes y curiosa historia.En España hay demasiados bares y pocas bibliotecas
um abraÇo y buena semana
La Alberca é cenário e tema de um filma do incontornável realizador espanhol Luís Buñuel: "Las hurdes - Tierra sin Pan", que retrata a vida nesta região então isolada, e tem como protagonistas os próprios habitantes da aldeia.
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