domingo, 17 de junho de 2007

A lenda das duas arcas (Montemor-o-Velho)

O Basófias (Mondego) em Coimbra
Vista do Mondego
Campos de Montemor-o-Velho
Campos de Montemor-o-Velho
Os campos vistos do Castelo
Uma tradição muito antiga diz-nos que, no fundo de uma cisterna do Castelo de Montemor-o-Velho, estão duas arcas iguais fechadas.
Conta-se que uma está cheuia de ouro e outra cheia de peste.
Todas as pessoas que, até hoje, as encontraram não tiveram coragem de as arrombar, pois corriam o risco de abrir a da peste.
Actualmente, continuam bem escondidas.
Penso que esta lenda tem uma relação estreita com o Mondego, pois também o rio significa o ouro e a peste.
Às portas de Montemor vinham os fenícios comerciar (há vestígios junto ao monte de Santa Eulália), ou seja chegava o ouro das trocas comerciais.
Mas o mesmo rio trazia as cheias com as desgraças habituais e toda uma série de doenças associadas à cultura do arroz como o tifo, a malária e o paludismo que dizimava as populações.
Por estes motivos se dizia que só trabalhava no arroz quem não tinha mais sítio nenhum onde trabalhar. Todos aqueles que podiam, fugiam do trabalho nos arrozais.
A partir do século XIX, com os avanços na Medicina e na Química tudo se alterou e essas doenças desapareceram do Baixo-Mondego.

11 comentários:

Citadino Kane disse...

Tozé,
Huumm... Acho que eu abriria as duas arcas...
Ô dúvida cruel!
Abraços,
Pedro

GK disse...

Que fotos fabulosas!

ManuelNeves disse...

Viva!

Lindas Histórias, bonitas fotos.
Ah! Parece-me que já alguém abriu a arca da peste, pelo que se passa neste País de há uns tempos para cá...

Um Abraço

aminhapele disse...

É sempre um grande prazer "passar" por aqui.
Não páre com as suas histórias,por favor.
Um abraço.

Teresa David disse...

Mais uma mão cheia de informação que sempre gosto de ler e apreender para a minha cultura geral.
Já de regresso comecei a publicar as minhas crónicas de viagem, onde tentei captar algumas curiosidades para escrevê-las.
Bjs
TD

poeta naïf disse...

Já é o 2.º de Montemor. Estás a ir em direcção à Figueira? ou influência das férias que se aproximam, que eu sei não terem esse destino. Estou ansioso para quando começares as crónicas de outros lados de Coimbra. Lousã, Poiares, Miranda, Arganil, Condeixa. Ui, o que ainda tens de escrever!
Leva material para desenterrares bastantes histórias e apetite, que há deles que têm uma história gastronómica de encher a barriga e a imaginação. Se vieres por Pereira não te esqueças das queijadas e das barrigas de freira.
Abraços.

Eduquês disse...

Estou de volta... e com novidades.

Sei que existes disse...

Já lá estive!Mas não sabia dessa lenda...
Beijocas

Al Cardoso disse...

Ora ai esta uma boa explicacao para a lenda! Adorei as fotografias antigas e modernas.

Um abraco.

Ps: Passe pelo "aquidalgodres" temos ai oportunidade para um encontro!

Unknown disse...

Encontrei esta página da qual gostei muito. Já conhecia a lenda, mas fiz umas contas e o Senhor José Socrates, quando foi embora abriu a arca da peste (cá estão eles).......

Anónimo disse...

lol a lenda das duas arcas é do castelo de montemor-o-novo tuda a gente o sabe