domingo, 17 de fevereiro de 2008

Praça Velha (Praça do Comércio)

Fotografia curiosa da Praça Velha. É visível um carro de bois. Do lado esquerdo ficava o Hospital Real, onde actualmente ficam os Marthas.

Fotografia actual,mais ou menos do mesmo ângulo.


Vista do lado contrário. À direita, o Hospital Real (prédio mais baixo). Ao fundo vê-se a Igreja de São Bartolomeu, onde fui baptizado

Fotografia idêntica à anterior, embora tivesse sido acrescentado um piso ao edifício do antigo Hospital.
Igreja de São Bartolomeu (actualidade)

No 2.º edifício da esquerda ficava, e ainda fica, o Externato Feliciano de Castilho, onde estudei.

Fotografia actual, com as esplanadas.

Igreja de São Tiago no início do século XX

Fotografia actual da Igreja de São Tiago. Repare-se nas diferenças.
A antiga praça de S. Bartolomeu, passou a ser designada, no século XIX, como Praça do Comércio, funcionando aí o mercado da cidade.
Com a abertura do mercado D. Pedro V, em terrenos outora pertencentes ao Mosteiro de Santa Cruz, a Praça do Comércio passou ser popularmente conhecida como Praça Velha.
Aí funcionaram, ao longo dos tempos, a Casa da Câmara, o Hospital Real, os Açouges (talho/matadouro) da cidade, o Cartório dos Tabeliões e o Pelourinho, símbolo do poder e da justiça municipais, para além do referido mercado.
Também aí se fizeram corridas de touros, autos de fé e representações teatrais.
Até aos anos 70 funcionou como parque de estacionamento que eu conheci quando era pequeno e aí frequentava o Externato Feliciano de Castilho.
Foi aí que a professora Alice, me ensinou a ler e a escrever e fazia questão que todos tivéssemos Muito Bom, quando nos levava a fazer o exame da 4.ª classe a uma escola Pública (o meu foi feito na Escola de Santa Cruz).
Alguns anos depois, em 1979/80, a Praça sofreu obras, tendo sido feitas escavações que permitiram ver os muitos vestígios arqueológicos aí existentes.
Foi então proibido o trânsito automóvel e a Praça ganhou a sua configuração actual, com direito a uma réplica do Pelourinho e Feiras das Velharias e das Cebolas, cuja origem (desta última) remonta ao século XIV, então integrada na Feira de S. Bartolomeu.

23 comentários:

Codinome Beija-Flor disse...

Eba, Eba, Eba...
Obrigada, deu certo. agora funciona direitinho como você ensinou.
Obrigada mesmo.
Bjo

Pepe Luigi disse...

Fabulosas fotografias bem como uma definição escrita bem elucidativa sobre outros tempos.

Abraço

Unknown disse...

Alguns anos depois, as professoras Alice deixaram de ensinar os meninos a ler e a escrever mas fazem questão que todos tenham Muito Bom quando os levam a fazer o exame da 4.ª classe a uma escola Pública. Assim, também elas poderão ter uma boa nota. Os anos passaram, os teatros mudaram (várias vezes) de actores, no entanto, as tristes figuras não saem de cena. Alguns anos depois, os autos de fé reapareceram. Aguardemos pacientemente pelo toque da corneta. Mais touros serão corridos de seguida...

Tozé Franco disse...

Olá Beija-flor.
Ainda bem que tudo está a funcionar.
Um abraço.

Tozé Franco disse...

Olá Pepe Luigi.
Gosto de o ver por aqui.
Esero novas visitas.
Um abraço

olho_azul disse...

Passei por aqui para desejar boa noite e uma boa semana de trabalho.

Beijocas

Tozé Franco disse...

Olá João.
Bem-vindo.
Acho que a tourada ainda está a começar. A ver vamos quem vai fazer que papel.
Espero que oa actores saibam entrar e sair a tempo. Por aquilo que vi nos ensaios não espero grande coisa.
Um abraço.

Tozé Franco disse...

Olá OLhar Azul.
Obrigado. Também aproveito para desejar uma boa semana de trabalho.
Um abraço.

SP disse...

Passei por aqui...Um abraço!

Oris disse...

Gosto de passar por aqui para me deliciar com as fotos....e claro, com os textos.

Caramba, há quanto tempo que não vou a esse lado da cidade.
Dantes não perdia uma ida à Valise...Agora é só Forum...

Nem sabia que havia aí esplanadas....Está muito giro esse espaço.

Boa semana.
Beijitos

Anónimo disse...

Caro amigo,
Nõa soeu grande adepto de correntes. Ainda assim não resisti ao desafio e fiz o meu post em resposta a um blogger amigo.
No meu blog deixei-te um desafio tb. Posso contar contigo?
Fazia muito gosto nisso.
Um abraço

Tozé Franco disse...

Olá SP.
Então bem vindo.
Um abraço.

Tozé Franco disse...

Olá Oris.
Os centros comerciais têm esse problema. Apesar de ir muitas vezes ao Forum, gosto de continuar a ir à Baixa.
Um abraço.

A Professorinha disse...

É fantástico como as coisas mudam com os anos e nós nem nos apercebemos... De um ano para o outro ou de um dia para o outro ou através de décadas...

Beijos

Carlos Ramos disse...

Adorei o passeio - grato.
Abraço

bettips disse...

Sempre maravilhoso, o que mostras dessa Coimbra onde não "passo" há tanto tempo!
Obg pela posição solidária, tem que se tentar!!!
Os meus pais não podiam falar aquando da destruição do Palácio de Cristal...mas o meu filho sabe que eu AGORA posso!
Abçs

Tozé Franco disse...

Olá Professorinha.
O tempo é imparável, e quando damos por ela, tudo está diferente à nossa volta.
Um abraço.

Tozé Franco disse...

Olá caro amigo Vilaça.
É uma alegria tê-lo por aqui.
Volte sempre.
Um abraço.

Tozé Franco disse...

Olá Bettips.
Está na hora de voltar a cOimbra.
Um abraço.

morenocris disse...

Parabéns. Muito legal isso. Adoro esses seus posts. A História é tudo em nossas vidas.

Beijos.

Tozé Franco disse...

Obrigado Cris, pelo incentivo.
Um abraço.

Andie Bunnie disse...

O teu blogue está espetacular! Parabéns!!
Eu já não apanhei a professora Alice, mas sim a nora, a professora Lurdes, que continuava a exigir "muito bom". Obrigada por este pedacinho de boas recordações. Andei no externato nos anos 1986 a 1990. Uma excelente escola de bons princípios!

Jorge Resende/Madeira disse...

Como gosto de Coimbra e em particular das suas ruas velhas, gostei destas fotos. Um favor de inf: Estou a elaborar uma monografia sobre um negociante morador na Praça Velha que ali teve loja, de tecidos, Jayme Lopes Lobo, e a loja era "Loja do Povo".
Terá alguma foto do estabelecimento para eu poder ilustrar o meu trabalho? Grato Jorge Resende jbgresende@gmail.com