Rua Ferreira Borges
Vista do mesmo sítio, 60 ou 70 anos depois.
Na actualidade (foto tirada num local um pouco à frente dos anteriores).
Edíficio da actual Coimbra Editora (visível à esquerda na foto anterior)
Trolei a passar na rua Ferreira Borges (Foto datada de 1979).
Foto tirada junto à Coimbra Editora (virado para rua Visconde da Luz)
A Brasileira (foto já com a Ferreira Borges fechada ao trânsito automóvel)
A Brasileira transformada em Pronto a Vestir
O Café Santa Cruz, antigo Igreja de São João Baptista de Santa Cruz (Praça 8 de Maio)
O Café Santa Cruz (interior)
As fotografias de hoje têm a particularidade de nos mostrarem uma das principaias artérias comerciais da cidade, a Rua Ferriera Borges, pelo menos enquanto houver comércio aberto, pois existe o perigo real da Baixa fechar para balanço.
Alguns dos espaços emblemáticos dessa Baixa já passaram à História. Veja-se o caso da Brasileira, do Arcádia, da Central (a baixa mais recente), a Barbearia Universal.Longe vão os tempos das rivalidades entre o Café Santa Cruz frequentado pelos unionistas (os futricas) e o Arcádia frequentado pelos academistas.
Hoje a rua está transformada num espaço pedonal que, ao contrário de outras cidades, atrai cada vez menos pessoas, ficando deserta com o aproximar da noite.Valha-nos o Café Santa Cruz (já na Praça 8 de Maio) que se tem vindo a tornar num pólo cultural (música, pintura, conferências) que ainda vai dando alguma alma à Baixa.
NOTA: José Ferreira Borges nasceu no Porto a 8 de Junho de 1786, vindo a falecer, na mesma cidade, em 14 de Novembro de 1838.
Formado em Cânones (Direito) pela Universidade de Coimbra, foi jurisconsulto, economista e político.
Exerceu as funções de secretário da Companhia dos Vinhos do Alto Douro, pertenceu à Junta Provisional do Governo Supremo do Reino de 1820, foi advogado na cidade do Porto e deputado às Cortes Constituintes de 1821.
Foi o principal autor do primeiro Código Comercial Português, o Código Comercial Português de 1833, que ficou justamente conhecido pelo Código Ferreira Borges, que teve uma vigência de 60 anos.
26 comentários:
Ah, Coimbra de ontem, de hoje...também tenho lá fotos de ontem. Muuuito ontem.
abraços
Gostei de voltar a "ver" A HAVANEZA.
Um abraço.
E sabes que mais? A última fotografia (do interior do Café Santa Cruz) foi tirada no ano passado, numa noite em que houve uma jam session a promover o festival internacional de dixieland de Cantanhede! E pronto, fica só o apontamento. :)
Um abraço,
Nuno.
Continuação de uma excelente reportagem da transformação de antigo para o actual.
Tens um prémio no meu blog.
Beijocas grandes
Verdadeiras relíquias!
Mas uma coisa é certa: Coimbra sempre foi linda! :)
Cara Pitanga:
Ai as saudades...
Espero queeste blogue sirva para as atenuar um pouco.
Um abraço.
Aminhapele
Boas recordações... Este blogue também serve para isso.
Um abraço.
Caro Banjix (Nuno):
Longe de mim imaginar tal coisa. Tive muita pena de não vos ter visto aí porque gosto muito da vossa música.
Um abraço.
Olá Sei Que Existes:
Obrigado pelo prémio. Brevemente farei as nomeações.
Um abraço.
Cara GK:
Coimbra é sem sombra de dúvida uma bonita cidade. Não tenho dúvidas em o afirmar pesar de s e dizer que "Quem feio ama, bonito lhe parece". Não é, definitivamente, o caso de Coimbra.
Um abraço.
Meu caro Tozé
As fotos fazem constatar que Coimbra continua com encanto.
Um abraço Raiano
Caro Chanesco:
Então na hora da despedida nem se fala...
Um abraço.
tenho que confessar que Coimbra nunca foi cidade que me atraísse muito, mas vendo estas fotos todas começo a ter mais vontade de visitar...
Fica bem
Adorei esta viagem ao passado!
Beijinhos e bom fds
Excelente Roteiro histórico e cultural da Baixa Coimbrã. É o mesmo em Leiria. Com as grandes superfícies comerciais, o movimento das pessoas mudou-se para esses monstros standardizados, onde, à mínima dispersão, já não sabemos se estamos em Leiria, Lisboa, Coimbra, Viseu, sei lá que mais.
Um desalento.
De qualquer modo, parece-me que, pelo menos em Leiria, talvez se comece a notar uma nova tendência de regressar à zona histórica. Mas o ritmo é lento, lento...será que, entretanto, as intenções de investimento não se alteram antes de se consumarem?
Um abraço, Tozé.
António
Gosto imenso das fotos do blog!
Ainda me lembro de "A Brasileira"!
...ai,ai,acho que tou a ficar velhota!
Cumprimentos
Viva!
Não quero ser careta, mas a Rua Ferreira Borges e já agora a Rua Visconde da Luz, já não têm a luz de outrora. Um domingo destes, fui dar um passeio pelas ditas ruas e foi com bastante desagrado e tristeza que notei o quanto estavam sujas e maltratadas, para não falar nos emblemáticos cafés que já não existem e onde passei maravilhosos momentos como sejam o café Arcádia, a Brasileira ou mesmo o Central, e aí não foi acção da ASAE, foram as roupinhas e o poder do dinheiro.
Um Abraço
Cara Professorinha:
Coimbra é uma encanto (como Viseu, aliás).
Nunca é tarde para a conhecer.
Um abraço.
Cara Gata Verde:
Gosto muito de conhecer o passado, mas não sou um nostálgico.
Gosto de fotos com patine.
Um abraço.
Cara Antóni:
Espero que a vida volte ao centro de Coimbra.
Eu próprio que nasci e cresci no centro da cidade, prefiro hoje viver nos arredores.
Faz-me muita impressão, cada vez que viu à baixa, ver mais uma oja fechada.
Um abraço.
Ola Coleor:
Velhos são os trapos.
A vellhice não me assusta, pis vejo muita gente nova, que parece bem mais velha que eu....
Um abraço.
Olá Manuel Neves:
É sempre ama aligria vê-lo poraqui.
A baixa já não é o que era. Infelizmente também acho que as mudanças foram para pior.
Espero que ainda haja tempo de recuperar o que se foi perdendo.
Um abraço.
De facto de pouco vale transformar ruas comerciais para espacos pedonais, se nao se realizarem ai actividades culturais e houver alguns encentivos ao comercio! Porque, a nao haver atractivos as pessoas tendem a deslocar-se para os cada vez em maior quantidade "centros comerciais".
Gostei de rever a Ferreira Borges de varias epocas.
Um abraco d'algodrense.
Caro AL:
É uma pena a Baixa estar a "morrer".
Espeo que ainda se vá a tempo de a salvar.
Um abraço.
Ja nao sou do tempo da riqueza, que me contam, da R. F. Borges. Conheço-a agora, tao triste comparando!
O que fizeram c a cidade de Coimbra? Nao saberão que as cidades mais bonitas são as que trazem histórias entranhadas em cada rua? Que conceito de modernidade é este? Não sei se conhece Braga, mas ao contrario da (minha) cidade de Coimbra, respira-se cultura e história... Sugiro que sigam o exemplo.
(Refiro-me tambem a todas as outras fotos que apresenta. É pena ver que quando muda nem sempre é para melhor.)
Um abraço!
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