quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Agradecimento público

Não posse deixar de expressar a minha gratidão publicamente, ao silêncio ensurdecedor dos principais sindicatos de professores, relativamente ao facto de o trabalho de cerca de 10 mil trabalhadores dos colégios com Contrato de Associação estar em perigo. Já agora, aproveito para agradecer, também, aos partidos de esquerda, a preocupação manifestada, na Assembleia da República, com os professores contratados (uma procupação justa, aliás) e não se terem referido aos problemas dos 10 mil profissionais acima referidos.
Eu bem andava desconfiado que havia professores de primeira e de segunda, agora já tenho a certeza.
Já agora não posso deixar de achar piada ao facto de muita gente, que não dá aulas há muitos anos (alguns há 2 dezenas), se intitularem professores e, com o beneplácito da senhora ministra, irem progredir na carreira (antes do congelamento) como se tivessem estado a dar aulas.
Onde estão os sindicatos, sempre tão prontos a reclamar contra as injustiças? Bem me parecia que me tinha esquecido de algo: os seus dirigentes também foram beneficiados com tal resolução.
Fiquem bem que eu cá me vou aguentando.

1 comentário:

a d´almeida nunes disse...

É assim que o País funciona. Por um lado os funcionário públicos, assim ditos porque exercem cargos em instituições/repartições que é suposto servirem para pôr o Estado a servir a Nação (que somos todos nós); por outro os que trabalham no dito sector privado, que é quem cria riqueza que gera a receita necessária para cobrir as Despesas (parte, pelos vistos) do Estado.

Perante a Lei Fundamental do País, todos os cidadãos têm os mesmos direitos e obrigações. Será? Claro que não.
E não me venham dizer que os trabalhadores do sector Privado estão favorecidos em relação ao sector Público. E o que se tem visto. E ninguém, Governos principalmente, tem tido a coragem de reformar o sistema de forma a se acabarem (nunca deviam ter existido) com as diferenças de tratamento entre funcionários públicos e trabalhadores do sector privado!
O que se tem passado é uma vergonha despudorada. E o que parece estar a preparar-se na gestão do Ensino em Portugal não tem qualificação possível. Desaproveitam-se os investimentos já feitos por todo esse país, com escolas a funcionarem duma forma exemplar? Será que já se anda de cabeça perdida a esse ponto?

Os sindicatos de professores estão a assumir uma atitude de indiferença vergonhosa!
...
Um abraço, Tozé
António