sexta-feira, 4 de abril de 2008

As cheias de 1946

A água a entrar na Igreja de Santa Cruz
Rua Olímpio Nicolau Rui Fernandes

A Praça 8 de Maio

A Praça 8 de Maio e a Câmara Muncipal (à direita)

A Igreja de Santa Cruz está intimamente ligada à fundação de Portugal. Nela, que hoje é considerada Panteão Nacional estão os restos mortais de D. Afonso Henriques e de D. Sancho I, os dois primeiros reis de Portugal.

(Uma curiosidade: o terreno que o Mosteiro ocupava e que se estendia até ao Jardim da Sereia, foi vendido a D. Telo (um dos fundadores) por D. Afonso Henriques. O preço pago foi uma sela que D. Telo havia trazido de Perpignan e de que o nosso primeiro rei tanto gostava.
Sorte na altura não haver Finanças, senão lá iam eles ser acusados de fuga aos impostos. Tanto terreno não podia custar tão pouco aos olhos dos avaliadores. Ia achar piada se encontrasse o nome do nosso primeiro rei, na lista dos calotes às Finanças publicada na Net.)
A igreja de Santa Cruz foi construída no século XII, nos arrabaldes da cidade. Em 1540 era necessário subir 4 degraus para nela entrar. Em 1796 o adro estava ao nível da igreja, passando a ser preciso, em 1890, descer 7 degraus para entrar.
As consequências desta subida do largo estão à vista.
Em Abril de 1946, mais umas cheias atingem a cidade, tendo efeitos catastróficos na igreja, hoje Panteão.
Como é visível pelas imagens, a água do Mondego, e ao mesmo tempo as águas provenientes da alta que escoavam pela rua Olímpio Nicolau Rui Fernandes, causaram inúmeros estragos. Em Santa Cruz, a água atingiu tal altura que foi necessário retirar o Santíssimo a nado, tarefa a cargo de um artesão da Baixa.
Podemos observar a fúria das águas na rua acima referida que mais parecia um rio, embora a foto diga respeito a uma chuvada ocorrida em 1958. Na fotografia são ainda visíveis, do lado direito, o actual edifício dos Correios e o Mercado D. Pedro, antes das obras de beneficiação que sofreu.

29 comentários:

Anónimo disse...
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A Professorinha disse...

Isto é o que eu chamo uma inundação à moda antiga!!

Fica bem

Anónimo disse...

esta inundação da-se graças a areia que se acumularam nas aguas do rio

tulipa disse...

TóZé:
Vou encerrar o meu blog e já criei o meu novo espaço, este será apenas para as pessoas que tenho no coração. Muitas outras mostraram não merecer a minha amizade, criando problemas na minha Vida, quero esquecer isso.

Com alguns erros de percurso, sempre lutei por aquilo que julguei justo.
Desfaleci em alguns momentos, chorei de raiva por causa de injustiças, sofri por não me calar quando isso era mais fácil.

Sou feliz por ser quem sou, continuo a querer aquilo que acho que mereço.
Sei que ainda vou errar mais algumas vezes, mas procurarei corrigir o rumo, tentando ser como sou, em busca dum mundo melhor.

Beijo.
Bom domingo.

olho_azul disse...

Infelizmente é um mal que ainda continua a atingir o nosso país. Cá no Norte Ponte de Lima é uma vila que tem sofrido com cheias. AS casas em frente ao rio têm lá a sua marca.
Bom Domingo

Tozé Franco disse...

Olá Professorinha:
Actualmente não acontece com tanta frequência apenas pelo facto de não chover tanto.
UM ABRAÇO.

Tozé Franco disse...

Olá caro anónimo.
A subido do leito do rio causada pelo abate das árvores das margens que contribuiu para o arrastamento de sedimentos para o leito também contribuiu para a situação, é um facto. Isto dificultava o escoamento das águas das chuvas.
Um abraço.

Tozé Franco disse...

Olá Tulipa.ènso que o importante é continuara a fazer aquilo em que acreditamos.
Um abraço.

Tozé Franco disse...

Olá Olho Azul.
As cheias podem ser sinónimo de desgraça ou de fartura, veja-se o caso da antiga civilização egípcia.
Nos tempos que correm são, quase se,mpre, sinal de desgraça e da incúria dos homens aos impermeabilizarem os solos de uma maneira desenfrada e ao construirem em leito de cheia.
Um abraço.

Anónimo disse...

As fotos desta vez são tristes, mas valem pelas "estórias curiosas" e pela musica (linda!).

Cumprimentos e boa semana!

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Unknown disse...

Grande inundação ! E nesta altura ainda nem se sonhava com o aquecimento global...

Anónimo disse...

E não adianta!!! Parece que ninguém trabalha para evitar estas situações. Um abraço :)

Tozé Franco disse...

Olá Pirata.
O clima é assim. Mas em Coimbra os homens ajudaram um pouco.
Um abraço.

Tozé Franco disse...

Olá Color.
Fotos curiosas, mas que retratam uma desgraça.
Um abraço.

Tozé Franco disse...

Olá Capriccio.
Como sempre, muitas promessas até à próxima desgraça.
Um abraço.

Gata Verde disse...

Com este temporal,Deus queira que não aconteça o mesmo...

Beijinhos

Anónimo disse...

Olá Tozé

As fotos são tristes (até pq alguém próximo já viveu situação semelhante)...

As tuas Estórias são curiosas e agradáveis de ler!

Cumprimentos e boa semana

Pitanga Doce disse...

Tozé, obrigada pela delicadeza para comigo. Ouvir Jardins Proibidos e ao mesmo tempo ver os teus slides de Coimbra é mais que um alento.

abraços de Pitanga

Anónimo disse...

Ola Toze
obrigada e voltarei sim ;)

Adorei os galos de Barcelos

Beijocas*

Anónimo disse...
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Tozé Franco disse...

Olá Gata Verde.
Espero bem que não.
Um abraço.

Tozé Franco disse...

Olá Color.
Obrigado pelas palavras de incentivo.
Um abraço.

Tozé Franco disse...

Olá Pitanga.
Os amigos servem para isso.
Um abraço.

Tozé Franco disse...

Olá Acordomar.
Espero pelo regresso para breve.
Um abraço.

Chanesco disse...

Caro Tozé

Como habitualmente a revelar-nos a história pouco ou nada conhecida da cidade de Coimbra.
Com este poste ficamos também a saber que a sem vergonha da fuga aos impostos remonta ao início da portugalidade.

Um abraço

Anónimo disse...

Estas imagens são testemunhos vivos e reais da nossa história e da nossa realidade histórica. Uma delícia, eu que tanto gosto de antigas fotos a preto e branco. Boa semana.

Tozé Franco disse...

Olá Chanesco!
Pelos vistos há tradições que ainda são o que eram.
Um abraço.

Tozé Franco disse...

OLá Jofre Alves.
Também eu gosto muito de fotos a preto e branco. Pouco a pouco, tenho vindo a aumentar a minha colecção.
Um abraço.