Rua da Sota.
Vivi, durante 22 anos, no Beco do Forno, juntinho à Rua da Sota. Sou portanto nado (nasci em casa, no quarto onde dormi até me casar) e criado na Baixa.
Um das coisas que recordo de miúdo é as cheias do Mondego. Não só porque em casa dos meus pais havia uma espécie de cave onde era possíevl ver a subidas das águas (ficava inundada) mas porque um dos meus amigos de infância vivia na zona poente da rua (mais baixa), entrando-lhe as águas pela casa dentro como é visível nas fotografia.
Para isso contribuía o facto de esta rua estar a um nível mais baixo que a Portagem e que a avenida onde fica, por exemplo, o Hotel Astória.
Esta situação deve-se ao facto de, ao longo dos tempos, se ter alteado o Largo da Portagem be, como as margens do rio, devido ao crecente assoreamento do Mondego, bem como aos edifícios construídos num nível superior, virados para o rio, como o referido Hotel Astória, o Hotel Avenida (actual Banco Milenium) e o cinema Tivoli (edifício onde funcionou a Zara), entre outros.
Um dia destes, quando a Baixa fechar para balanço, tudo isto será uma memória longínqua para todos aqueles por ali passaram, viveram e trabalharam, ou nem isso para aqueles que apenas conhecem os centros comerciais e a sua atmosfera artificial.
16 comentários:
Devia ser uma aflição ver as àguas a subirem...
beijocas
adoro histórias... estórias... recordações... passado. simplesmente adoro. as imagens sempre ficam. isso é muito bom. também é viver. gostei do tango. já até o ouvi no you tube.
beijinhos.
boa semana, Tozé.
obrigada pela visita.
*amei o post abaixo.
A primeira fotografia foi tirada em 2011!
Obrigada e bom resto de semana.
É isso, Tozé. Infelizmente, a maioria do Zé habituou-se a ir em romaria aos Centros Comerciais, quanto maiores e mais espalhafatosos melhor.
Estas zonas que, ao fim e ao cabo é que são as que são o Bilhete de Identidade (agora parece que tem de passar a achamar "cartão de cidadão") estão, aos poucos, a cair no esquecimento e a ser abandonadas por todos.
Mas atenção. Já se nota, nalgumas cidades, a preocupação de recuperar os centros históricos. Ainda bem. Aí é que está a matriz de cada terra.
Aí é que a sua alma própria, aquela que nos transmite o sentir a cidade.
Doutro modo, nem sequer valerá a pena viajar de cidade em cidade. Em todas temos os memos Centros Comerciais, as mesmas lojas, as mesmas marcas...
Viva a diferença!
Um abraço
António
Olá Gata Verde.
Uma vez tive que ficar toda a tarde em casa de um amigo, pois já não consegui sair e lembro-me de ver a água a subir degrau a degrau.
Um abraço.
Olá Cris.
Gosto destas e de outras recordações. Recordar é viver.
Quanto à música acho-a muito boa. O Rodrigo foi teclista dos MAdredeus.
Um abraço.
Olá ILC.
Não sei o que aconteceu à máquina. Endoideceu. às vezes dá-me para adivinhar o futuro.
Um abraço er bom trabalho.
OLá António.
EWu ainda não disse o que me vai na alma. Às vezes penso que esses programas são só fachada. A ver vamos como diz o cego.
Um abraço.
De facto e com imensa pena que vemos encerrar os centros historicos das nossas localidades.
Restam-nos as memorias como as suas.
Um abraco dalgodrense.
EU...
ainda estou que nem sei,
sinto-me levitando.
Que ninguém
hoje me diga nada.
Ainda estou em transe,
após a montagem da exposição...
Imaginemos que era daqueles eventos
em que, havia inauguração com a artista presente, fotógrafos e comunicação social à volta...
Ui...nem quero pensar nisso!!!
Um acto de absoluta solidão
deu-me tanto prazer,
com uma imensidão
de pessoas, como seria?
Anuncio e faço o convite para a minha exposição no blog:
http://momentos-perfeitos.blogspot.com/
Lógico que entendo não ser possível todas as pessoas a quem participo, estarem presentes, no entanto gostaria que visses o convite, pois escolhi a melhor foto da exposição para o fazer.
Bom fim de semana
COMO SEMPRE TÓ ZÉ, és um belo contador de histórias!!!Adorei.
Foi bom rever o velho Tivoli!
Um abraço.
Olá Tulipa.
Vou passar pelo seu blogue para ver.
Um abraço.
Olá Aminhapele.
Também eu tenho saudades do Tivoli.
Aina assisti a uma ou duas sessões a partir da cabine de projecção, qual "Cinema paraíso".
Um abraço.
ah que saudades que me fizeram estas fotos. Nao, nao sou tao velhinha que me lembre desse tempo, mas revivi Coimbra de que gosto tanto e o Hotel Astoria que era o primeiro marco quando atravessavamos a ponte. Hoje em dia esta tao diferente!!!!!!!!! Mas continua uma cidade linda e cheia de memorias
OLá Zica.
Gosto muito d Coimbra. Sempre aqui vivi (agora nos arredores) e espero continuar a viver.
Um abraço.
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