terça-feira, 21 de agosto de 2007

Cheias do Mondego

Cheia na Av. Emídio Navarro, junto ao Parque (é visível a actual garagem da Citroen)


Cheia nas ruas da baixinha onde é visível um barco

Cheia num largo da baixa. Aspecto curioso: há um popular montado num boi.

Cheia no Largo do Poço. Circula-se de barca serrana.

Cheia na Praça 8 de Maio. Pormenor curioso: ainda não existia eo edifício da Caixa Geral de Depósitos. A água atingiu grande altura dentro da Igreja de Santa Cruz (ler texto)

Cheia de 1948, na Portagem

Depois das águas calmas e azuis das Caraíbas, voltamos novamente a Coimbra e ao Mondego com as suas cheias que, se traziam fertilidade aos campos do Baixo Mondego, acarretavam, muitas vezes, grandes destruições na cidade de Coimbra.

O Basófias, como era conhecido o rio Mondego entre os estudantes, que no Verão quase desaparecia, dando lugar a extensos areais, tornava-se, no Inverno, e muitas vezes noutros períodos do ano, devido às chuvas, num rio incontrolável inundando a baixa de Coimbra.

Há registo de várias cheias famosas como a de 1900 que atingiu os 6 metros, alagando toda a baixa coimbrã e a de 1948, que invadiu as 2 margens do Mondego, tendo atingido os 6,5 metros.
Desta última resultou a submersão do Portugal do Pequenitos, da Quinta das Lágrimas, da Estrada da Beira, da Avenida Emídio Navarro e do Largo da Portagem, para além de todas as ruelas da baixinha, incluindo a própria Igreja de Santa Cruz que ficou com água a grande altura.

Em Santa Cruz, como ninguém conseguia chegar ao Santíssimo (na altura estava numa capela lateral) por causa da água, acabou por ser um artesão que vivia na baixinha que, habituado, há muito, às cheias (chegava-se a andar de barco nas ruelas da baixa, como é visível em algumas fotografias), lá foi a nado, qual Camões, buscar o Santíssimo.

Como pagamento por tal feito, decidiu o Prior de Santa Cruz, dar-lhe um Pinto de Ouro (moeda em ouro).

PS: Nova ausência. No regresso, prometo dar-vos conta de alguns sabores (têm andado um pouco ausentes!) do Norte do país.

Um abraço e façam-me o favor de ser felizes.

8 comentários:

Maria disse...

Tanta destruição e tão bonito, a um tempo....

Um abraço
(tozé, o teu blog anda a "pendurar", qualquer coisa não está bem....)

Elsa Sequeira disse...

convido-te a - JUNTAR AS TUAS MÃOS...POR UMA CAUSA! Vem colaborar!

beijinhos!

aminhapele disse...

O meu pai dizia que ia de barco,para o almoço!
Já que vai falar de sabores,faço-lhe uma proposta a primeira vista disparatada:quando tiver à frente uma mousse da D.Alice,experimente temperá-la com meia dúzia de gotas de azeite e um toque de flor de sal.
Depois diga-me o resultado.
Um abraço.

GK disse...

UAU! Brutal!
Eu só testemunhei as cheias de 2000, 2001!... E também não foi bonito...
Boa viagem(?).

Al Cardoso disse...

Continua a maravilhar-nos com imagens antigas, bem haja.
Tambem ando a espera dos tais sabores com agua na boca!

Um abraco f/algodrense.

Unknown disse...

Seria esta uma cidade mais saudável despoluida de "gangsters de 15 anos", onde se circulava com prazer pelas ruas da alta?Acredito que sim e sinto que me daria bem nestes tempos.
Abraço

olho_azul disse...

Então anda aqui pelo Norte?
De certeza que vai gostar.
Quantas às cheias, e mesmo vivendo aqui ao pé da praia e do rio, felizmente, não existem memórias de situações graves.
No entanto, em Ponte de Lima, bem perto daqui, as alturas das cheias estão assinaladas nas casas que se situam em frente do rio e é impressionante ver o ponto a que as águas chegaram...

Continuação de umas boas férias

rascunhos disse...

Estas fotos fazem lembrar algumas que vi do tempo dos meus pais e avós. A casa dos mesmos situava-se na margem esquerda do Mondego e a loja da casa ainda há pouco tempo tinha as marcas do ano e da altura das águas.
Continuação de boas férias
Cpts