domingo, 30 de janeiro de 2011

A falta de jeito para a Matemática (parte 2)

Estou curioso para saber se no programa Prós e Contras a ministra vai apresentar novas contas! É que sempre que a senhora ou o seu secretário de estado abrem a boca, disparam números diferentes. Parece-me que de cada vez que analisam o que disseram, concluem que se enganaram e, sem novas contas (isso dá muito trabalho e é preciso saber a tabuada), lá atiram mais uns números.

Os últimos, então, são hilariantes.
Segundo eles, uma turma de uma escola pública com contrato de associação fica três (3!) vezes mais cara que uma do ensino estatal. Sendo eu de humanidades, mas com a mania das contas, resolvi, mais uma vez, puxar do lápis (ainda sou da velha guarda) e aqui vai disto:
Como afirmam a pés juntos que, agora, o valor é igual (90 000€ para o estatal e privado), então quer dizer que, no ano passado em que cada turma do privado ficava em 114 ooo€, a do estatal ficava por 38 000€. (114 000€/3=38 000€) Lol!
Como agora os valores são os mesmos (de acordo com o Ministério secundado pelo sr. Mário Nogueira), chego então à conclusão que, numa altura de aperto económico, o ensino estatal aumentou os seus custos em 52 000€ ou seja 136,84% (de 38 000 para 90 000€), enquanto o privado desceu 21,05% (24 000€, de 114 000 para 90 000€). Hihihihihi!
Isto é o que dá não fazer contas, sr.a ministra!
Se a senhora e o seu secretário de estado fizessem o trabalho de casa, até podiam continuar a querer acabar connosco, embora isso fosse um péssimo negócio para o Estado mas, pelo menos, evitavam fazer estas figuras.
Como li numa carta que uma mãe escreveu à sr. misnistra, não é preciso saber fazer contas para se estar no governo pois, caso contrário, como compreenderíamos que o Hospital Pediátrico de Coimbra tivesse custado o dobro e a ponte Rainha Santa o quíntuplo do orçamentado e nada acontecesse?
Quem me dera conseguir os direitos de autor da Tabuada do Ratinho pois parece-me haver muita gente necessitada de a comprar.
PS: Onde estudarão filhos e netos dos membros do governo? Aqui está uma investigação engraçada, embora ache que não vá trazer grandes surpresas.

6 comentários:

Carla Lapa disse...

Absolutamente fantástico stor Tó Zé! Se calhar até nos podiamos juntar e comprar um livro do ratinho para a senhora! Só é pena que já não chegue a tempo do prós e contras! Podiamos evitar que a senhora continuasse a fazer mais figuras! Como é possível que esta senhora ontinue a ser a Ministra da Educação!

Rui Prata disse...

Que tal: "Uma Aventura... na Tabuada do Ratinho!"

Paula Sousa disse...

Prof. Tozé,

Encontrei esta notícia, que já é de 2007, é certo, mas que já nos dá uma ideia.

ONDE ANDAM OS FILHOS DOS POLÍTICOS

Quase todos estudaram em estabelecimentos de ensino público. Mas, na geração seguinte, a tendência altera-se: muitos políticos portugueses, de esquerda ou de direita, optam cada vez mais por ter os filhos a estudar em escolas privadas, religiosas ou laicas. Já vai longe o tempo em que o ensino oficial, erigido em pedra basilar do sistema republicano, era quase um dogma para a nossa classe política.
José Sócrates frequentou o ensino público: fez o secundário na Escola Frei Heitor Pinto, na Covilhã - classificada em 98.º na mesma lista elaborada por este jornal. Já os dois filhos de Sócrates estudam na Escola Alemã de Lisboa, um estabelecimento privado na zona de Telheiras, perto da residência da mãe, Sofia Fava.
O actual presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, é outro produto típico do ensino público português. Repartiu o secundário por dois liceus: o de Almada e o D. João de Castro, em Lisboa. Mas os três filhos do ex- -primeiro-ministro social-democrata - Francisco, Luís e Guilherme - tiveram um percurso escolar diferente, matriculados num estabelecimento privado, pertencente à Igreja Católica: o colégio salesiano Oficinas de São José, em Campo de Ourique, Lisboa. Bem cotado no ranking, onde ocupa o 14.º lugar.
Luís Filipe Menezes tem apenas o filho mais novo, João, em idade escolar. Também matriculado num estabelecimento privado católico, onde frequenta o ensino secundário: é o Colégio de Nossa Senhora do Rosário, na Avenida da Boavista, no Porto (18.º lugar na lista divulgada pelo DN). De resto, há já uma longa associação entre os líderes do PSD e o ensino particular: os cinco filhos de Francisco Sá Carneiro estudaram, também no Porto, em colégios - o Ramalhete (Francisco e Isabel, os mais velhos) e o Externato Flori (Teresa, José e Pedro).
Na galáxia socialista, existe um estabelecimento particular de eleição: é o Colégio Moderno, da família Soares. O patriarca da família, Mário, fez o essencial dos seus estudos nesta escola situada no Campo Grande, em Lisboa. E os filhos, Isabel e João, também lá andaram - como aliás sucede com quatro dos cinco netos.
É no Colégio Moderno (9.º lugar no ranking) que anda também o filho de António Costa. O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, optou pela privada: a filha tem aulas no primeiro ciclo do ensino básico da Escola de Santa Maria, ao Campo Alegre. Há quem opte apenas pelo ensino privado. Diana, a filha do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Martins da Cruz, frequentou o Liceu Francês em Lisboa - onde João Soares concluiu o secundário, transferido do Colégio Moderno. As filhas da deputada laranja Helena Lopes da Costa foram alunas do Mira-Rio (primeiro do ranking) e o filho António frequentou o Colégio São João de Brito (4.º lugar), onde também estão matriculados os filhos de D. Duarte Pio.
Há quem só prefira o público: a filha de Francisco Louçã, líder do Bloco de Esquerda, fez o secundário no Liceu Camões. E a filha da ministra da Educação estudou na Escola Delfim Santos, em Benfica. A própria ministra Maria de Lurdes Rodrigues fez o secundário na Escola D. Dinis (relegada para um distante 435.º lugar no ranking que o DN elaborou).
E há também quem opte por ter filhos simultaneamente no ensino público e no privado. É o caso do eurodeputado Miguel Portas, do BE, que tem o seu mais velho na Escola D. Leonor, em Lisboa, e o mais novo numa privada. A Selecta - assim se chama.

Unknown disse...

Se a Ministra precisar de explicações e noções básicas de matemática eu posso dar-lhe uma ajudinha!!! E sem custos associados...

Unknown disse...

Se a Ministra precisar de explicações e noções básicas de matemática eu posso dar-lhe uma ajudinha!!! E sem custos associados...

Unknown disse...

Se a Ministra precisar de explicações e noções básicas de matemática eu posso dar-lhe uma ajudinha!!! E sem custos associados...