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domingo, 12 de junho de 2011

Sabores alentejanos

Como sabem o Alentejo é pródigo em pratos que levam pão na sua confecção. Mas há outros que também valem bem a pena.

Eis duas sopas (açorda alentejana e sopa de cação), uma carne de alguidar com migas de batata e um bolo rançoso.

domingo, 1 de maio de 2011

O Burgo (Lousã)

Se há sítio onde podemos descansar os olhos e alimentar a gula é, sem sombras de dúvidas, o Burgo, junto ao Castelo da Lousã.
Deixo-vos algumas fotografias da minha última incursão, e que incluiu Cozido à moda da Lousã (no pão), Javali com castanhas, Coelho com molho da bruxa, várias entradas e doces.

Pena o tempo não ter ajudado, pois o Inverno parecia ter regressado em força.

Aconselho vivamente este espaço.

Atenção, nada de dietas, pois há dias que não são dias!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Sabores da Eslovénia

Porque os olhos também comem, aqui ficam uns petiscos da Eslovénia, onde também se conseguem encontrar algumas iguarias interessantes.
Para além disso, também o grupo que escutam é originário desse país e dá pelo mome de Perpetuum Jazzile.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Escarpiadas, uma sabor de Cernache dos Alhos

Cernache tem alguns motivos de interesse. Um deles é, sem sombra de dúvidas, a Quinta dos Condes da Esperança, de gosto romântico.
Outro são os moinhos de água que, em tempos idos, abasteciam a cidade de Coimbra, havendo aindo um ou outro em funcionamento, para além de um recuperado, o Moinho das Lapas, onde está instalado um núcleo museológico.
Mas o motivo que me leva hoje a escrecer é um doce, a escarpiada, ou melhor, escarpiadas, pois a dificuldade é comer apenas uma.
Assim, sempre adoço a boca, pois os "amargos" nestes últimos tempos, têm sido muitos.
Para quem nunca as provou, aqui fica a receita desta iguaria, típica de Cernache e Condeixa-a-Nova, cujas origens remontam à Idade Média. Se quiserem ser fiéis à época medieval devem usar mel em vez de açúcar.

Mãos à obra:
Estende-se um pouco de massa de pão sobre uma mesa e espalma-se.
De seguida polvilha-se com limão e mel e um pouco de açúcar amarelo (na receita original usava-se apenas o mel, que era muito mais barato e abundante que o açúcar).
Embrulham-se e colocam-se num tabuleiro untado com azeite e vão ao forno do pão (lenha).
Quando louras, tiram-se e guarda-se o molho para as regar.

Depois, bem depois é so comer... E se estiverem quentinhas ainda melhor!
Bom apetite.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Um Santo Natal

Enquanto o presépio deste ano não chega, deixo-vos os desejos de um SANTO NATAL.
Que o MENINO vos traga tudo aquilo que mais desejarem.
Para alguns, o meu desejo é que traga juizo, para outros ponderação na hora de decidir e, ainda para outros, tento na língua.
Entretanto, deixo-vos com uma receita de um doce medieval natalício de que tanto gostamos aqui em casa: AZEVIAS ou PASTÉIS DE GRÃO-DE-BICO.

Ingredientes:
Para a massa:
500 g de farinha ;
3 a 4 colheres de gordura (mistura de banha e de manteiga ou margarina) ;
1 cálice de aguardente ;
sal
Para o recheio de grão:
1 kg de grão ;
750 g de açúcar ;
2 limões ;
1 colher de sobremesa de canela em pó ;
3 gemas
Confecção:

Coze-se o grão com uma pitada de sal, pela-se e passa-se por uma peneira fina.
Leva-se o açúcar ao lume com 2 dl de água e deixa-se ferver durante 1 ou 2 minutos. Junta-se o puré de grão, a canela e a raspa da casca dos limões. Deixa-se ferver o preparado, mexendo até se ver o fundo do tacho. Retira-se juntam-se as gemas e leva-se o preparado novamente ao lume para coser as gemas. Deixa-se ficar assim de um dia para o outro.
Peneira-se a farinha para uma tigela e faz-se uma cova no meio onde se deitam as gorduras quentes. Mistura-se. Junta-se a aguardente e depois vai-se amassando juntando pinguinhos de água morna temperada com sal. Sova-se bem a massa e deixa-se repousar em ambiente temperado.
Estende-se a massa com o rolo, muito fina, e recheia-se com um pouco do doce preparado. Cortam-se as azevias em meia lua (como os rissóis), ou em triângulo ou em rectângulo (como os pasteis de carne) e fritam-se em azeite ou óleo bem quentes. Polvilham-se com açúcar ou açúcar e canela.
E depois: comem-se.
Bom apetite!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Santini


Sinceramente, prefiro ir ao Porto. Como diz um amigo meu espanhol, o Porto é uma cidade com sabor.
Mas Lisboa ganhou uns pontos nestes últimos tempos. Na minha última incursão pela cidade Olisiponense, provei os gelados da Santini, na rua do Carmo, no local onde trabalhava a Tatão do filme "O Pai Tirano", e a dúvida instalou-se. Afinal Lisboa também é uma cidade com sabor.
Quase que me atrevia a dizer que vale a pena a viagem, só pelos gelados. Os de fruta, então, são divinais, especialmente o sabor de morango.
Já me disseram que no Porto, na rua de Ceuta, há uma casa de gelados comparável. Espero pela próxima ida à Invicta para tirar as dúvidas.

sábado, 11 de setembro de 2010

Alenquer

Um dia destes fui a Lisboa, pela estrada nacional, e pude comer em Alenquer, na casa Bichezas, que se recomenda vivamente. Restaurante muito simples, mas com excelente comida e preços comedidos.
Alenquer, a cidade presépio, continua bonita, embora, à conta da autoestrada, arredada da passagem de quem se dirige apressadamente para Lisboa.
Segundo Damião de Góis, o nome de Alenquer deriva da designação germânica Alan-Kerk ou Alano-Kerk, que significa «Castelo dos Alanos», povo bárbaro que por ali passou.
No entanto, como em muitos outros casos, a lenda é bem mais castiça do que a realidade:
Estava-se em 1148, quando as tropas de Afonso Henriques puseram cerco às muralhas da cidade. Os mouros, bem defendidos e sempre de guarda, tinham jurado resistir até ao último homem. Assim, o cerco arrastou-se monótono e, se por um lado Alenquer e o seu castelo não vacilavam, pelo outro, o exército do Conquistador mantinha o cerco sem dar sinais de querer abandoná-lo.
Conta a lenda que o nosso primeiro rei, aborrecido pela falta d acção, ergueu os olhos ao céu e pediu a Deus que lhe enviasse um sinal que mostrasse a hora apropriada para um ataque bem sucedido.
Na manhã seguinte, apareceu no acampamento português, vindo não se sabe de onde, um enorme cão, um alão como naquele tempo se lhe chamava.
Parou ao lado do Rei e, quando sentiu a mão que lhe fazia festas, dando à cauda, começou a avançar, lenta e seguramente, para os lados do castelo.
Naquele momento, D. Afonso Henriques teve a intuição de que era o sinal que pedira a Deus. Entusiasmo e cheio de fé, gritou para os seus soldados:
- Vede, companheiros! O alão quer, o alão quer!... Este é o sinal divino! Vamo-nos ao castelo! Aos ginetes!... Avante, por Sant'iago!
E assim surgiu o nome Alenquer.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Petiscos lusitanos



Por incrível que pareça, o traço de união destas duas imagens é o Sporting.
No 1.º caso, os caracóis foram degustados no Filho do menino Júlio dos Caracóis, em Lisboa e recomendam-se vivamente. Na decoração da casa não faltam fotografias de famosos e alusões ao Sporting, clube de que o dono da casa é adepto.
No caso das sardinhas, posso assegurar-vos que são das melhores que já comi, e já comi muitas e boas. Estas foram comidas no Núcleo Sportinguista da Figueira da Foz, junto ao mercado da cidade.
Para que não haja confusões, não sou adepto do Sporting e, por isso, a minha opinião não é suspeita.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Besnica

Perguntam vocês:
- Mestre, o que é Besnica?

E eu repondo:
- É uma pequena aldeia, situada nas montanhas, a meia dúzia de quilómetros de Ljubljana.
- E o que temos nós a ver com isso?
- Não faço a mínina ideia. Mas como fui lá de propósito para comer, não posso deixar de partilhar isso convosco.
Pois é, nessa aldeia, há um restaurante onde se come peixe do rio frito que é uma delícia. Embora a fotografia não seja grande coisa, acreditem que é memo bom. Já agora, além do peixe do rio, vêm também umas lulas grelhadas bem boas.
Já agora a paisagem também vale a pena e se vista de barriga bem composta, então nem se fala.
A Eslovénia é,na verdade, um país muito bonito.
Fiquem bem, que eu vou fazer a digestão.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Sabores de Liubliana (Ljubljana)

Que a cozinha eslovena sofre de grandes inluências da cozinha italiana já eu sabia, agora que se podia comer tão bem por aqui foi uma surpresa.
Apreciem, porque os olhos também comem.

Recomendo vivamente o Sokol, em Liubliana que, ainda por cima, tem uma cerveja fabricadda na casa que é muito boa. Em Prizan (Prizano), junto à costa (a Eslovénia tem cerca de 20 Km de costa, no mar Adriático) comi no Ivo, junto ao mar, que também recomendo vivamente.

sábado, 6 de março de 2010

Santo António dos Olivais


A Santo António dos Olivais associo sempre a romaria do Espírito Santo.
Esta romaria, data do século XVII e tinha lugar, anualmente, em frente à Igreja de Santo António dos Olivais.
Atraía romeiros de vários pontos que aí faziam grandes festas cantando e dançando. Aí se vendiam os Manjares Brancos e as Arrufadas, para além de objectos de barro. Lembro-me das sinetas em barro que, uma vez, os meus pais aí me compraram.
Embora ainda se continue a realizar anualmente a romaria, o aspecto do local é hoje completamente diferente, pois em frente à Igreja foi constriuído um amplo espaço pedonal.
As vendedoras já não vendem Manjares Brancos e Arrufadas, que foram substituídos por farturras, churros e algodão doce.
Faz-me muita impressão que, em Portugal, estas tradições se vão perdendo, ao contrário do que se passa aqui ao lado em Espanha onde, apesar de existir uma sociedade moderna, se faz questão de manter vivas as tradições. Veja-se o caso das festas de S. Firmin, em Pamplona ou as festas da Primavera, em Múrcia, com toda a gente vestida de huertana.
RECEITA
Em Coimbra, o Manjar Branco é tradicionalmente cozido no forno em pequenos discos, ou placas, de barro vermelho.
Ingredientes para 10 pessoas:
1 peito de galinha
7.5 dl de leite
500 gs de açúcar
250 gs de farinha de arroz
Sal e casca de laranja Q.B.
Confecção:
Coza o peito de galinha em água temperada com um pouco de sal, desfie-o e pise-o muito bem no almofariz. Junte-lhe o leite, o açúcar, casca de laranja ralada, 2.5 dl de água da cozedura e a farinha.
Deixe ferver até formar uma papa consistente e gelatinosa.
Retire do lume e sobre cada disco de barro vaze duas colheradas sobrepostas desta papa. Repita a operação até esgotar toda a massa.
Finalmente, leve os doces ao forno muito forte para que a superfície superior escureça.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Bolos....

Hoje, é mesmo de bolos que vos quero falar (Eu é mais bolos, como dizia o outro!).
Uma amiga minha tem o dom de fazer bolos de fazer inveja a qualquer um. E para que não haja qualquer dúvida, se os olhos também comem, as minha papilas gustativas já os provaram e garanto-vos que sabem tão bem como parecem (ou ainda mais).
O curioso é que as filhas, de tenra idade, já "aprendem" a arte com a mãe e, elas próprias, são já responsáveis por parte do produto final.
Antes que a ASAE nos proiba de comer bolos destes ou haja qualquer acusação de uso de mão-de-obra infantil, pois sabemos que as crianças apenas podem ser usadas em novelas e concursos de canções, mesmo que para isso faltem a muitas aulas e trabalhem até às tantas da noite (lembram-se dos Domingos e do fim de ano da 4?).
Aqui vos deixo algumas fotos.