Escarpiadas, uma sabor de Cernache dos Alhos
Cernache tem alguns motivos de interesse. Um deles é, sem sombra de dúvidas, a Quinta dos Condes da Esperança, de gosto romântico.
Outro são os moinhos de água que, em tempos idos, abasteciam a cidade de Coimbra, havendo aindo um ou outro em funcionamento, para além de um recuperado, o Moinho das Lapas, onde está instalado um núcleo museológico.
Mas o motivo que me leva hoje a escrecer é um doce, a escarpiada, ou melhor, escarpiadas, pois a dificuldade é comer apenas uma.
Assim, sempre adoço a boca, pois os "amargos" nestes últimos tempos, têm sido muitos.
Assim, sempre adoço a boca, pois os "amargos" nestes últimos tempos, têm sido muitos.
Para quem nunca as provou, aqui fica a receita desta iguaria, típica de Cernache e Condeixa-a-Nova, cujas origens remontam à Idade Média. Se quiserem ser fiéis à época medieval devem usar mel em vez de açúcar.
Mãos à obra:
Estende-se um pouco de massa de pão sobre uma mesa e espalma-se.
De seguida polvilha-se com limão e mel e um pouco de açúcar amarelo (na receita original usava-se apenas o mel, que era muito mais barato e abundante que o açúcar).
Embrulham-se e colocam-se num tabuleiro untado com azeite e vão ao forno do pão (lenha).
Quando louras, tiram-se e guarda-se o molho para as regar.
Depois, bem depois é so comer... E se estiverem quentinhas ainda melhor!
Bom apetite.
3 comentários:
Caro Professor!
Não pude deixar de comentar um doce tão querido da minha infância e que está tão presente na minha lembrança!
Saudades das escarpiadas que, por norma, nos aqueciam e adoçavam a boca antes de sairem das visitas de estudo do CAIC.
Cumprimentos,
Diana Damas
parecem-me bem e com mel ainda melhor !!
Devem ser boas sim senhor!
Espero que as amarguras passem rapido.
Um abraco de amizade.
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