Omeletes sem ovos
Um dia, ouvi um famoso maestro de Coimbra afirmar que os milagres eram comuns na Idade Média mas que, hoje me dia, eram muito raros.
Pois há quem faça omeletes em ovos, o que para mim constitui um verdadeiro milagre.
Como pode o SPRC não questionar os cortes de financiamento às Escolas Públicas com Contrato de Associação e, ao mesmo tempo, apresentar queixa às entidades apropriadas, pelos eventuais cortes salariais? Quando uma casa tem de despesa, só com pagamento de salários, um valor superior ao subsídio atribuído como fazer?
Eu percebo o ponto de vista do SPRC: é o de quem tem os ordenados pagos (através do Estado) ao mesmo tempo que recebe quotas dos associados e, como tal, não tem necessidade de fazer opções finaceiras, como por exemplo, apenas pagarem transporte aos sindicalizados para se irem manifestar a Lisboa (isto faz-me lembrar outras manifestações, noutros tempos).
Ocorre-me ainda outra explicação: como não dão aulas há muitos anos, já devem ter esquecido as regras básicas de matemática. Mas nem isso serve de desculpa, pois podiam sempre socorrer-se da sabedoria popular que afirma ser impossível fazer omeletes sem ovos.
Querem ser levados a sério, se é que isso ainda é possível, questionem os cortes feitos de maneira cega. Proponham que nos cortem apenas 11%, embora eu ainda só tenha visto cortes de 5,5% para o Ensino Estatal!
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