terça-feira, 23 de maio de 2006

Furnas/Açores

Ontem falei dos Açores a propósito de D.Pedro e das hortênsias.
Hoje aqui fica mais uma viagem e o primeiro "sabor" para partilhar convosco.
Em meados do século XIV já existiam cartas geográficas que indicavam a existência de algumas ilhas dos Açores. Quanto à ilha de S. Miguel, a maior de todo o arquipélago e a mais povoada (tem tanta população como as outras oito ilhas juntas), supõe-se que tenha sido descoberta entre 1426 e 1439. Sabe-se, que em 1439 teve início o seu povoamento, efectuado por portugueses oriundos da Estremadura, Algarve, Alto Alentejo e alguns estrangeiros, especialmente flamengos.
É neste pedaço de paraíso (a hora e meia de viagem de Ponta Delgada) que fica o Vale das Furnas, com as suas fumarolas (caldeiras) de água quente, lamas e águas medicinais, que é atravessado por duas ribeiras, sendo uma delas de água quente (é óptima para mergulhar os pés). Possui mais de vinte nascentes termais, o que a torna uma das maiores hidrópoles do mundo. Junto à Lagoa das Furnas, podemos visitar a ermida de Nossa Senhora das Vitórias e a zona onde se confecciona o "Cozido nas Caldeiras", aproveitando o calor da terra. Entre as 12 e as 15 horas, é natural assistir ao "desterrar" do cozido (demora cerca de 6 horas a cozer).
Para o comer, sugiro o restaurante Miroma (no centro da vila das Furnas), onde se pode provar essa iguaria que tem algumas semelhanças com o Cozido à Portuguesa (com tudo o que este leva mais batata doce e inhâme), mas com um sabor mais característico e muito agradável.
Garanto-vos que vale a pena experimentar.
Na imagem podem ver o rei de Espanha e o Dr. Jorge Sampaio a ver o "desterrar" do cozido, no dia em que eu lá estive.
Já agora provem também uma espiga de milho cozida na água das furnas.
Se outros motivos não houvesse, este seria já um bom pretexto para ir aos Açores.

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