domingo, 6 de fevereiro de 2011

Restaurantes e afins

Depois de algumas considerações sobre ensino, resolvi escrever sobre restaurantes, assunto a que me sinto ligado desde que existo, pois nasci por cima de um, o do meu pai, numa época em que ainda se nascia em casa.
Por ali andei e servi muitos clientes, sem nunca ter frequentado um CEF de Serviço de Mesa, ao mesmo tempo que estudava e, para poupar dinheiro ao Estado (não há ensino gratuito), cumpri a minha carreira nos anos estipulados, sem precisar de planos de recuperação e afins, uma vez que, nessa altura, ainda o pedagogês estava a dar os primeiros passos.
Mas, dizia eu, sempre me habituei a ver o restaurante do meu pai cheio e com filas de pessoas à espera para entrar.
Nunca me passou pela cabeça que qualquer governo (e vi por lá muitos ministros e presidentes de câmara), resolvesse criar uma lei que obrigasse os clientes a irem a outro restaurante onde se comia pior e mais caro, até ao actual (des)governo ter essa ideia.
E aqui estou eu, novamente, a falar de contratos de associação apesar de ter dito que ia falar em restaurantes.
Peço desculpa pelo facto mas, por mais contas que faça, não consigo descortinar qualquer puopança da medida anunciada pelo governo. A única justificação é ideológica.
Há tiques, senhora ministra, que nunca se perdem, apesar do verniz dado pelo Colégio francês.

1 comentário:

ManuelNeves disse...

Viva!

Como é que é?! Os clientes devem procurar outro restaurante?! Esta gente anda doida ou quê?!
No minimo é um atentado à liberdade individual de cada um. A mim, essa noticia choca-me particularmente, eu que também cresci num restaurante e muito cedo comecei a aprender o b-à-bá da vida.

Um Abraço