terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Alguém que me faça um desenho....

Há coisas que uma pessoa houve e nem quer acreditar.
Ao ouvir um noticiário na televisão, deparei com uma situação que julgava, na minha boa fé, ser impossível.
Algures neste país, um homem esfaqueou a sua mulher inúmeras vezes, provovando-lhe a morte e deixando três filhos órfãos.
Cenas que são vão banalizando, sem ser possível preveni-las, neste país que era de brandos costumes.
Mas aquilo que me parecia impossível aconteceu depois.
Julagado o caso em tribunal, o assassino foi considerado inimputável, tendo sido considerado inocente. Julgava eu que o "in dubio pro reo" se aplicava noutras situações mas, pelos vistos, estava equivocado. Junte-se a isto o facto de o Minsitério Público não ter recorrido da sentença e da família, que se constituiu como assistente não o poder fazer.
Como em Portugal sempre que achamos que chegámos ao fundo do poço, descobrimos que ainda é possível ir mais longe, tudo é possível, a família, que ficou com os menores a cargo, recebeu agora as despesas do tribunal para pagar, uma vez que o arguido foi considerado inocente.
Vamos lá ver se entendo: alguém é assassinado e os seus familiares são obrigados a pagar as custas judiciais do processo por o acusado ter sido considerado inocente, uma vez que era inimputável?
É por estas e por outras que, se fosse mais novo, já me tinha posto a milhas deste canto à beira-mar plantado ou, às vezes, não tenho vontade de comemorar o 1.º de Dezembro.

3 comentários:

UBIRAJARA COSTA JR disse...

Há coisas que parecem tão impossíveis que jamais ousariamos sequer sonha-las e ve-las concretizarem-se faz-nos perder o resto da fé que temos na humanidade...

Gata Verde disse...

Eu também estou cada vez mais envergonhada de ser portuguesa...e sinto-me impotente para mudar seja o que for!

Citadino Kane disse...

Com certeza argumentaram que ele era louco...
Deveria ficar internado um bom tempo, mas pelo visto ficará soltinho e pronto para mais uma maldade.