
Cerimónia militar junto à Estação Nova (Coimbra A)

A mesma zona, ainda sem o edifício da Estação

Hotel Avenida na Avenida Emídio Navarro

Fotografia da mesma zona ainda sem Hotel Astória

Avenida Emídio Navarro junto ao rio Mondego

Avenida Emídio Navarro e Hotel Astória

Em 1888, a rua que ligava o porto dos Bentos, local onde atracavam as barcas serranas junto ao actual Parque da cidade, à Estação de caminhos-de-ferro (actual Coimbra-A) passou a chamar-se Avenida Emídio Navarro.
Coimbra homenageava assim o homem que foi ministro das Obras Públicas durante três anos, tendo sido responsável por várias reformas nessa área, como o primeiro Recenseamento Agrícola e Pecuário do país.
Na área do ensino, a sua intervenção deu lugar à criação de cinco Escolas Agrícolas, incluindo a de Viseu, cinco Escolas Industriais e nove Escolas Elementares de Desenho Industrial.
Tudo isto ainda no tempo da Monarquia (nasceu em 1844 e morreu em 1905), o que me leva a pensar o porquê do ódio que alguns têm a este regime (eu sou republicano assumido), afirmando que, naquele tempo nada havia de bom. Basta ver a vergonha que há no dia 5 de Outubro, em afirmar que também se comemora, nesse dia, a assinatura do Tratado de Zamora que marcou a nossa independência como país. Com o aproximar do centenário a coisa só vai tender a piorar.
A este propósito, lembrei-me de um episódio passado numa aula minha.
Pedi voluntários para dois grupos a fim de realizarmos um frente a frente Monarquia versus República, atribundo a cada um a defesa de um ideal: um grupo seria composto por adeptos da monarquia e outro adeptos da república, discussão moderada por outra aluna.
Uma espécie de Prós e Contras (alguns anos antes do programa), mas para melhor, porque havia mesmo debate.
Dadas as indicações, dei-lhes uma semana para a pesquisa. Entretanto, os outros tinham de se preparar para colocar as perguntas.
Começada a aula, lá teve início o debate com a moderadora em bom plano, esgrimindo os alunos os seus argumentos, alguns bem interessantes, ao mesmo tempo que iam respondendo, conforme podiam, às perguntas da assistência.
Pouco a pouco foram-se emplgando e a coisa começou quase a ganhar foros de questão pessoal, entre alguns. Eis senão quando, um aluno do campo monárquico põe fim à discussão com a seguinte afirmação:
"Para mim a monarquia é melhor, pois no tempo dos reis não havia SIDA!"
Foi tiro e queda. Estava encontrada a cura para a Sida: basta mudar o regime. O virus, pelos vistos, gosta é da República, pois pode andar por aí à vontade. Será que na Inglaterra ou em Espanha não há SIDA?
Esclarecida a questão lá demos por encerrado o debate que meteu ainda buracos nas estradas e outras pérolas do género.
Voltando ao tema do post, e como conclusão, resta dizer que ao longo desta Avenida se instalaram alguns locais emblemáticos da nossa cidade como o Coimbra Hotel, o Hotel Internacional, o cinema Tivoli, etc. Resta hoje o Hotel Astória e pouco mais.