






O 5.º dia iniciou-se com o adeus a Nevers.
Partimos, então, em direcção a Orleans onde apenas visitámos a Catedral (1.ª fotografia).
Passadas algumas centrais atómicas situadas nas margens do Loire, almoçámos (bem) num pequeno restaurante de um hipermercado na beira do caminho.
Cerca das 14.30, chegámos a Chambord (2.ª fotografia). Por muito que estejamos alertados para o gigantismo do Palácio é sempre uma surpresa quando chegamos.
Situado dentro de uma coutada de caça enorme (52,5km2) o palácio esmaga-nos pelo seu tamanho. Para termos uma ideia basta dizer que tem 365 lareiras, uma para cada dia do ano, como por lá é dito. Os jardins estendem-se muito para lá de onde a vista alcança.
Embora seja o maior castelo da região do Loire, apenas servia como pavilhão de caça do rei Francisco I, que preferia ficar nos castelos de Blois e D'Amboise (visitados no dia seguinte).
A sua construção prolongou-se por mais de 20 anos. É composto por uma fortaleza central com 4 enorme torres baluartes nos cantos.
No interior, gostaríamos de destacar uma escadaria aberta em dupla-hélice que é a peça central do palácio. As duas hélices ascendem aos três pisos sem nunca se encontrarem, iluminadas de cima por uma espécie de farol no ponto mais alto do edifício. Isto pode indiciar que tenha sido desenhada por Leonardo Da Vinci. (4.ª e 5.ª fotografias)
Embora seja um castelo, nunca houve a intenção de proteger o edifício do ataque de qualquer inimigo. Por esse motivo, as paredes, torres e fosso parcial são puramente decorativos, e mesmo naquela época já eram um anacronismo. Elementos da arquitectura - janelas abertas, loggia e uma vasta área aberta no topo - foram importados do estilo Renascentista Italiano, o que faz deles deslocados na fria França central.
Já estava quase a tarde a terminar quando nos dirigimos para Blois, localidade onde pernoitámos, depois de ter comido um frango de churrasco à portuguesa (assim era anunciado num cartaz, embora o restaurante não fosse de portugueses) e ter assistido a um espectáculo de cor e luz no Palácio de Blois que não deixou grande saudade. A visita ao Palácio propriamente dito ficou para o dia seguinte. (3 últimas fotografias)