Juro que nunca percebi esta necessidade de passar o tempo a mudar o nome às coisas, sendo que, muitas vezes, continuam a ser conhecidas pelos nomes antigos. Veja-so o caso da Rua das Figeirinhas, por exemplo.
Mais paradigmático nestas mudanças é o que se passa em termos de educação: quando era estudante fazia Redacções, hoje fazem-se Composições e até Produçõs de Texto (embora ninguém entenda o que muitos escrevem); havia Ditados, hoje Exercícios Ortográficos; Chumbos, disfarçados agora de Retenções ou Não Tansições, sendo que disto não derivou qualquer benefício para a causa educativa....
Mas voltando ao assunto do post, os edifícios que se vêm à esquerda já não existem pois foram demolidos para dar lugar à Faculdade de Letras.
Na 2ª fotografia, vê-se o terreno já sem as casas e, ao fundo, o Museu Machado de Castro, ao lado da Igreja S. João de Almedina, que passou a fazer parte do Museu.
No actual edifício do Museu residiram, desde o século XII, os bispos da cidade, sendo por isso Paço Episcopal, tendo sido transformado em Museu em 1912.
Pergunto eu: não é possível julgar, nem que seja a título póstumo, os criminosos que determinaram a demolição da Alta e que obrigaram a mudar de casa um grande número de pessoas? Algumas delas foram transferidas para um Bairro Provisório, o Bairro de Celas, junto ao actual Hospital da Universidade, onde ainda hoje vivem. Notem bem, provisório.
Este bairro é um local curioso de visitar, pois encontramos aí algumas das estátuas levadas da velha Alta aquando da demolição.